Têxtil Azincon entra em insolvência e deixa 150 pessoas no desemprego

  • Lusa
  • 20 Agosto 2020

PCP de Vila do Conde denunciou que cerca de 150 trabalhadores da têxtil Azincon ficaram no desemprego, depois da empresa declarar insolvência. Azincon aderiu ao lay-off entre março e abril.

A Comissão Concelhia do PCP de Vila do Conde, distrito do Porto, denunciou esta quinta-feira que cerca de 150 trabalhadores da têxtil Azincon ficaram no desemprego, depois de empresa ter apresentado um pedido de insolvência.

Segundo o partido, a maioria dos trabalhadores da empresa Azincon eram mulheres e já tinham passado por uma situação de lay-off simplificado, entre março e abril, devido às contingências da pandemia da Covid-19.

“Depois de terem sido forçadas a férias até 17 de agosto, os trabalhadores começaram a receber cartas de despedimento, na semana passada, tendo assim conhecimento que a insolvência teria sido declarada”, refere o PCP, em comunicado.

Segundo os comunistas de Vila do Conde, “ficaram por liquidar os salários de julho e agosto e as respetivas indemnizações, e não foram, até à data, entregues aos trabalhadores os documentos para acesso ao subsídio de desemprego”.

O PCP de Vila do Conde apontou, ainda, que a empresa local “procurou livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores a este encerramento”.

“Enquanto as trabalhadoras gozavam férias, foram vistos camiões junto da empresa. Fica a dúvida se estariam a retirar máquinas, matérias-primas e mercadorias, transferindo para outros locais e lesando assim a empresa no seu património, bem como aos trabalhadores”, denunciaram os comunistas, no mesmo comunicado.

O PCP considerou “inaceitável que uma empresa com enorme potencial de produção, viável e com 150 trabalhadores tenha o descaramento de encerrar”, garantindo que irá questionará o Governo sobre esta situação através das deputadas do partido eleitas pelo círculo do Porto.

“Lamenta o PCP que a Azincon procure afastar-se de culpas, tendo recorrido ao ‘lay-off’ e recebido apoios para depois encerrar, desculpando-se ainda que não tinha como fazer turnos desfasados que permitissem o afastamento físico. Procurou ainda responsabilizar as trabalhadoras pela situação, nomeadamente aquelas que gozaram do direito legal à assistência a filho menor de 12 anos”, pode ler-se no mesmo texto enviado pelo partido.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação da empresa.

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