Receios de segunda vaga e incerteza sobre estímulos pressionam Wall Street

Os investidores mostram preocupação face à tendência de aumento de novas infeções por Covid-19, que pode levar a novos bloqueios e dificultar uma recuperação. Praças norte-americanas recuam.

As preocupações com novas restrições causadas ​​pelo coronavírus e a incapacidade do Congresso dos EUA em concordar sobre mais estímulos orçamentais estão a aumentar os receios sobre o impacto da pandemia na economia norte-americana. Tal como acontece na Europa, as bolsas norte-americanas negoceiam em queda.

O Congresso norte-americano está há várias semanas num impasse, com os políticos incapazes de chegar a acordo quanto ao tamanho e formato de um quinto projeto de lei de resposta ao coronavírus, que se irá juntar aos cerca de três biliões de dólares já promulgados. Em simultâneo, as preocupações sobre um aumento de casos de coronavírus, que pode levar a novas medidas de confinamento, estão a adensar as perdas do outro lado do Atlântico.

Nesse contexto, o índice de referência S&P 500 desvaloriza 1,63% para 3.272,58 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cai 1,25% para 271.72,26 pontos e o tecnológico Nasdaq recua 1,06% para 10,820.857 pontos.

As ações ligadas às companhias aéreas, hotéis e empresas de cruzeiros lideraram as quedas, acompanhando as pares europeias e à medida que o Reino Unido sinaliza a possibilidade de um novo bloqueio. Nesse sentido, os títulos do Marriot recuam 10,94% para os 79,70 dólares, ao mesmo tempo as ações do Hilton desvalorizam 4,90% para os 85,26 dólares.

Da mesma forma também a banca está sob pressão após uma análise do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) ter revelado documentos confidenciais enviados à agência federal FinCEN que mostram como grandes bancos facilitaram o branqueamento de capitais. Tanto o JP Morgan como o Bank of New Yor Mellon (os dois bancos que estão entre os mais visados e que negoceiam em Wall Street) caem 3,5%.

Em sentido contrário, a Oracle e a Walmart reagem positivamente ao acordo de princpio alcançado e que permite o adiamento da proibição do TikTok nos EUA, valozinado 6,35% e 0,16%, respetivamente.

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