Prazo para aderir à moratória do crédito termina hoje

O Governo alargou o prazo da suspensão do pagamento de prestações no crédito a famílias e empresas por mais seis meses, até setembro de 2021, mas manteve a data limite para as adesões.

O prazo para aderir à moratória de crédito aprovada pelo Governo — com vista a ajudar as empresas e famílias financeiramente afetadas no contexto da pandemia — termina esta quarta-feira. Assim, quem ainda não o fez, mas pretende beneficiar desta medida que permite a suspensão do pagamento das prestações dos empréstimos até setembro do próximo ano, tem apenas até hoje para declarar essa intenção.

A medida de apoio foi alvo de alterações há poucos dias pelo Governo, que decidiu estender por mais seis meses, até ao final de setembro do próximo ano, o período da sua vigência. Mas o prazo para a respetiva adesão não sofreu qualquer alteração, mantendo-se assim o dia 30 de setembro deste ano como a data limite de acordo com as regras estipuladas a nível europeu.

Esta moratória pública, que é acompanhada pela dos bancos, abrange atualmente todos os créditos hipotecários (habitação) e os créditos ao consumo destinados a suportar despesas de educação ou formação. A medida prevê a suspensão do pagamento da prestação, tanto no que respeita à parcela do capital como dos juros até àquela data.

Já no caso das empresas, os setores mais prejudicados pela epidemia — como o turismo e a cultura — beneficiam das mesmas condições, mantendo a suspensão do pagamento do capital em dívida e dos juros. Para as restantes empresas, o prolongamento até 30 de setembro de 2021 apenas prevê a suspensão do pagamento de capital. Ou seja, as empresas terão de pagar os juros dos empréstimos.

A adesão à moratória pode ser efetuada online, através do preenchimento e envio de um formulário disponibilizado pelos bancos. Basta fazer uma ronda pelos sites das instituições bancárias para encontrar as instruções sobre a forma de proceder a esse pedido. Alternativamente, o cliente também pode deslocar-se ao balcão do respetivo banco e concretizar esse pedido.

Os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal indicam que, desde a introdução deste mecanismo, em março, e o final de junho, os bancos já deram aval a mais de 741 mil moratórias.

A maior fatia — 70% (519.173) — corresponde a operações de crédito às famílias, enquanto a restante parcela, correspondente a um total de 222.450, foi atribuída a empresas e a empresários em nome individual.

Dentro das famílias, o crédito à habitação concentra o maior número de moratórias já atribuídas: 322.709, equivalentes a 44% do total. Foram ainda aplicadas num total de 196.464 contratos de crédito aos consumidores.

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