Jerónimo Martins, Navigator e Cimpor entre as empresas responsáveis por 25% das emissões globais

  • Lusa
  • 13 Outubro 2020

As três empresas portuguesas integram uma lista de 1800 companhias "responsáveis por 13,5 gigatoneladas de emissões por ano, o equivalente a 25% do total global de emissões".

As portuguesas Jerónimo Martins, Navigator e Cimpor estão entre as mais de 1.800 empresas mundiais responsáveis por 25% das emissões de gases com efeito de estufa que são alvo de um apelo para cumprir metas de redução.

Segundo um comunicado da CDP, uma organização internacional sem fins lucrativos que tem por objetivo a divulgação ambiental, 137 instituições financeiras globais, entre as quais as seguradoras AXA e Allianz, e que em conjunto representam ativos de 20 biliões de dólares, apelam a que estas mais de 1.800 empresas cumpram metas de redução de emissões de gases que permitam travar o aquecimento global em 1,5 graus Celsius e atingir as zero emissões em 2050, o mais tardar.

O apelo é divulgado esta quarta-feira pela CDP, no âmbito de uma campanha de envolvimento na ação climática e enviado às milhares de empresas na lista das mais poluentes, onde para além das três portuguesas se encontram companhias como a Tesla.

“Juntas são responsáveis por 13,5 gigatoneladas de emissões por ano, o equivalente a 25% do total global de emissões. Em toda a sua cadeia de valor, estas empresas têm influência num volume mais de três vezes superior de emissões acumuladas”, lê-se no comunicado da organização sem fins lucrativos, hoje divulgado.

O apelo das instituições financeiras é para que estas empresas mais poluentes se comprometam com metas baseadas na ciência para garantir uma verificação independente.

“Isto permite a investidores e empresas elevar a sua ambição climática de maneira a ser avaliada de forma uniforme e comparável”, refere o comunicado.

Mais de um milhar de empresas em todo o mundo já se comprometeram com metas de redução de base científica, entre as quais 300 que se comprometeram com o objetivo de reduzir o aquecimento global em 1,5 graus Celsius assinando a carta de compromisso para o efeito.

Reduzir as emissões das cadeias de valor em conjunto com a ciência climática pode aumentar a resiliência e competitividade das empresas, ajudar à inovação, responder a ajustes dos reguladores e aumentar a confiança dos investidores, refere o comunicado.

O diretor para os mercados de capitais da CDP Europa, Laurent Babikian, disse, citado no comunicado, que a organização sem fins lucrativos está encantada com o facto de “tantos investidores europeus de envergadura reconhecerem a importância para as empresas de definir metas de base científica” para travar o aquecimento global e descarbonizar a economia.

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