Saúde e tecnologia penalizam Wall Street
Após um arranque de sessão em alta, as principais bolsas norte-americanas não aguentaram a incerteza sobre potenciais estímulos orçamentais adicionais nos EUA e inverteram para terreno negativo.
Após um arranque de sessão em alta, Wall Street acabou por inverter a tendência e fechar em terreno negativo. As principais praças norte-americanas não aguentaram a incerteza sobre se os governantes norte-americanos vão conseguir um acordo para um novo pacote de estímulos orçamentais contra a Covid-19 antes das eleições presidenciais, que estão marcadas para dia 3 de novembro.
A presidente da Câmara dos Representantes Nacy Pelosi disse, este domingo, estar otimista quanto à nova legislação, mas deixou um ultimato ao Presidente Donald Trump: tem de ser aprovado até terça-feira. “As pessoas estão a chegar à conclusão que é realmente um espaço muito curto de tempo e provavelmente não será possível aprovar o pacote antes da eleição“, explicou Shawn Snyder, head of investment strategy do segmento de wealth management do Citi, em declarações à Reuters.
O consenso entre investidores parece apontar para novas medidas de apoio à economia devido à Covid-19, mas não há certezas sobre o timing. Um porta-voz da Casa Branca disse esta segunda-feira à Fox estar “cautelosamente otimista” em relação a um acordo. Além do momento também não se sabe o montante já que a Administração Trump tinha proposto um pacote com 1,8 biliões de dólares, que Pelosi rejeitou por ser inferior aos 2,2 biliões que ambicionava.
Face à elevada incerteza, Wall Street fechou no vermelho. O industrial Dow Jones perdeu 1,44% para 28.195,42 pontos, penalizado pelo setor da saúde — que tem estado especialmente sensível aos desenvolvimentos da vacina –, incluindo as perdas da Johnson & Johnson (-2,55%) e da UnitedHealth (-1,72%). O financeiro S&P 500 cedeu 1,63% para 3.426,92 pontos e o tecnológico Nasdaq recuou 1,65% para 11.478,88 pontos, com Amazon e Microsoft a caírem mais de 2% cada.
O índice de medo VIX subiu pela sexta sessão consecutiva, numa altura em que a campanha eleitoral está ao rubro antes do debate entre os candidatos Joe Biden e Donald Trump. “É a volatilidade geral que está a funcionar. Não me surpreende ver estes saltos ao longo do dia“, acrescentou Tony Bedikian, head of global markets do Citizens Bank, sobre a inversão das bolsas na sessão.
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