CTT caem mais de 4%. Lisboa acompanha pessimismo da Europa

A bolsa nacional acompanha as quebras registadas pelas pares europeias. Perdas do setor energético, com a Galp Energia à cabeça, e desvalorização de mais de 4% dos CTT penalizaram PSI-20.

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão no “vermelho”, seguindo a tendência da generalidade das praças europeias, numa altura em que os investidores estão em compasso de espera em relação ao possível acordo sobre os novos estímulos para apoiar a economia norte-americana. Na praça nacional, as perdas das cotadas ligadas ao setor energético e os CTT penalizaram o PSI-20.

Na Europa, o Stoxx 600 recuou 1,3%, o alemão DAX perdeu 1,4% (a pior sessão desde 2 de outubro) a par como o espanhol Ibex-35, o francês CAC-40 cedeu 1,6%, enquanto o britânico FTSE 100 caiu 2%. Os investidores aguardam com suspense um possível acordo entre a Casa Branca e os democratas em torno do novo pacote de ajuda às empresas e famílias na resposta à crise pandémica.

Lisboa acompanha os receios vividos na Europa, negociando abaixo da “linha de água” pela terceira sessão consecutiva. O PSI-20 desvalorizou 0,76% para 4.139,480 pontos, com 13 cotadas no “vermelho”, quatro em terreno positivo e uma inalterada. A condicionar o índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor energético. A Galp Energia caiu 2,84% para os 7,8620 euros, acompanhando a tendência vivida nos mercados petrolíferos internacionais. O Brent, de referência europeia, recuou 2,87% para os 41,92 dólares, ao passo que o WTI cedeu 3,12% para os 40,40 euros, em Nova Iorque.

Ainda no setor energético, a REN caiu 0,42% para os 2,38 euros. Quanto à família EDP, a “casa-mãe” perdeu 0,99% para os 4,4140 euros, enquanto a subsidiária EDP Renováveis desvalorizou 0,60% a cotar nos 16,60 euros. Esta quarta-feira, a EDP Renováveis anunciou ao mercado que fechou uma parceria estratégica com o grupo Ellaktor para o desenvolvimento de parques eólicos na Grécia, num acordo que prevê investimentos superiores a 1.000 milhões de euros.

Entre os “pesos-pesados”, destaque ainda para as ações da Jb, que recuaram 0,61% para os 14.57 euros. Mas a maior desvalorização do PSI-20 foi mesmo dos CTT que caíram 4,17% para os 2,30 euros, depois de terem arrancado a sessão a subir após o PCP ter colocado em cima da mesa a nacionalização da empresa como contrapartida para aprovar o Orçamento do Estado para 2021.

A evitar perdas superiores na praça portuguesa estiveram os títulos do BCP e da Nos. O banco liderado por Miguel Maya ganhou 0,39% para os 7,73 cêntimos, ao passo que a empresa de telecomunicações valorizou 0,26% para os 3,04 euros.

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