Maior fabricante mundial de aço vai cortar 11 mil empregos

O Grupo Thyssenkrupp vai eliminar 11 mil postos de trabalho ao longo dos próximos anos, numa altura em que a indústria do aço está a ser fortemente penalizada pela pandemia, avança a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

São cerca de 10% do número atual de trabalhadores que a empresa alemã vai despedir, depois de ter registado um prejuízo de 5,5 mil milhões de euros no ano encerrado em setembro e de ter previsto perdas de mais de mil milhões de euros para o período atual. O número de despedimentos é, assim, o dobro do que estava a ser planeado pela administração.

“Teremos de avançar ainda mais para a ‘zona vermelha’ antes de tornar a Thyssenkrupp adequada para o futuro”, diz a CEO, Martina Merz, citada pela Bloomberg. “As próximas etapas podem ser mais dolorosas do que as anteriores. Mas teremos de as ultrapassar”.

O grupo alemão manteve conversações com potenciais compradores e parceiros de fusão para a unidade de aço, com o objetivo de lidar com o excesso de produto. Está também em negociações com o Governo alemão sobre um pacote de ajuda que pode valer pelo menos cinco mil milhões de euros, de acordo com fontes citadas pela agência de notícias.

Desde o início do ano, as ações da Thyssenkrupp já caíram quase 60% na bolsa alemã.

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