Salvar a TAP “é uma decisão compatriota de fundo”, diz Jerónimo de Sousa

O líder comunista considera que é importante assegurar que a TAP "não seja reduzida" a "um pequeno acessório de uma qualquer multinacional da aviação".

Os comunistas acreditam ser necessário salvar a TAP, dada a importância que a companhia aérea representa para o país. Em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa diz que, para além de uma “questão de soberania”, trata-se também de uma “decisão compatriota” e que é fundamental evitar que a TAP seja “reduzida a uma empresa regional“.

“Aqui a questão de fundo é saber se precisamos de uma companhia de aviação com todo o prestígio nacional e internacional e se é bom para o país que essa empresa seja restruturada e que continue a ter a sua atividade”, disse o líder do PCP esta sexta-feira.

Em declarações aos jornalistas, transmitidas pela RTP3, Jerónimo de Sousa acrescentou que “é uma questão de soberania também, ou seja, a afirmação da importância que tem de uma TAP pública, de uma TAP ao serviço do povo e do país”. E continuou: “Por isso, achamos profundamente inaceitável que se procure aceitar os ditames da União Europeia numa decisão que compete a nós”.

Mas, para além de uma “questão de soberania”, o comunista defendeu que é ainda uma “decisão compatriota de fundo salvaguardar a TAP, procurar um forte investimento, tendo em conta a sua importância”, evitando que a companhia aérea seja “reduzida a uma empresa regional e a um pequeno acessório de uma qualquer multinacional da aviação”.

“Há uma responsabilidade primeira e principal, um posicionamento patriótico, que salvemos a TAP. Mas, naturalmente, uma TAP pública, a que deveria ser acoplada a questão da ANA, porque estes problemas acentuaram-se com a privatização da ANA. E, nesse sentido, consideramos fundamental defender a TAP, procurar defender o interesse nacional e decidirmos de forma soberana“.

O Governo apresentou esta sexta-feira o plano de restruturação da TAP, que foi enviado esta quinta-feira à Comissão Europeia e inclui despedimentos, corte de salários, redução de frota e quebra de rotas. Em conferência de imprensa, o ministro Pedro Nuno Santos adiantou que o apoio estatal será, no mínimo, de 3.400 milhões de euros, mas que a companhia pode vir a precisar de 3.725 milhões de euros até 2025, num cenário mais pessimista.

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