Startups portuguesas ajudam no combate à pandemia

  • ECO
  • 17 Dezembro 2020

Tecnologias digitais de 56 startups estão a apoiar a saúde e a sua adaptação à crise sanitária, assinala a conferência do EIT Health sobre inteligência artificial.

Há mais de 56 startups nacionais dedicadas ao desenvolvimento de novas soluções que ajudem a resolver os desafios do sistema de saúde a nível global. O número foi avançado esta quinta-feira pelo EIT Health, que lança em 2021 o Mapa da Inovação nos Cuidados de Saúde em Portugal.

O número serviu também de base à discussão durante a conferência digital “Inteligência Artificial em Saúde: uma perspetiva de Portugal”, dinamizada pelo EIT Health e da qual o ECO é parceira.

De acordo com os dados avançados esta tarde, as startups portuguesas identificadas que já contribuem com tecnologia inovadora na área da saúde digital, integram uma lista de iniciativas que inclui projetos piloto entre instituições de saúde, universidades e tecnológicas. “Entre os projetos portugueses já implementados encontra-se, por exemplo, a ADAPTT, uma ferramenta gráfica desenvolvida pela Glintt – parceira do EIT Health, em conjunto com parceiros locais de saúde portugueses-, utilizada em vários países e também pela Organização Mundial de Saúde, no planeamento e decisões políticas de saúde. Esta ferramenta permite recolher e atuar sobre a informação relativa ao número de camas de hospitais para diferentes níveis de intervenção, prever a escassez de camas e planear os recursos humanos necessários para as apoiar”, assinala a organização em comunicado.

“A inovação na saúde tem o grande potencial de superar desafios e tem também um grande papel a desempenhar, no reforço dos nossos sistemas. Muitos produtos e serviços, criados dentro e fora da nossa comunidade, como a inteligência artificial e a telemedicina, por exemplo, podem oferecer um alívio profundo aos já sobrecarregados sistemas de saúde. No entanto, historicamente, têm existido barreiras que impedem a adoção destas soluções em larga escala. A enorme urgência, levantada pela Covid-19, derrubou temporariamente muitas destas barreiras e evidenciou que estamos, de facto, em posição de superar a inércia que existiu no passado”, explicou Miguel Amador, responsável pelo EIT Health em Portugal, acrescentando: “A inovação nesta área não pode ser feita sem uma estreita colaboração entre universidades, startups e tecnológicas – do lado da inovação – e dos hospitais, organismos públicos e pagadores – do lado dos utilizadores. A criação destas soluções em conjunto com os profissionais de saúde e também com os cidadãos, é essencial para criar valor e impacto claro, que depois deve ser acompanhado pelas estruturas”.

Na conferência participaram mais de 170 profissionais de saúde, profissionais do setor tecnológico, investigadores, responsáveis políticos e empreendedores na conferência promovida pelo EIT Health. O evento teve a colaboração dos vários parceiros da rede EIT Health em Portugal, e ainda do Health Cluster Portugal – o cluster de competitividade da Saúde.

“Se olharmos para o nosso percurso de vida, devemo-nos questionar: como é que a tecnologia nos pode ajudar a mantermo-nos mais saudáveis durante mais tempo? Quando precisarmos de tratamento, teremos sempre as unidades como os hospitais de fim de linha, mas devemos permanecer nestas apenas o tempo estritamente necessário e depois ir para casa, onde nos sentimos melhor, e ter tecnologia para nos monitorizar. A tecnologia é uma forma de potenciar melhores cuidados de saúde e, por outro lado, garantir que há sustentabilidade financeira do sistema de saúde nacional”, referiu Filipa Fixe, administradora executiva da Glintt e uma das participantes do evento.

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