Ana Paula Marques passa da Nos para o ‘board’ da EDP. Equipa de Miguel Stilwell completa para o próximo mandato

A vice-presidente da Nos, Ana Paula Marques, vai ser proposta para administradora da EDP. De saída da administração executiva, João Marques da Cruz vai liderar a EDP no Brasil.

Ana Paula Marques é a gestora que vai integrar a equipa de Miguel Stilwell no Conselho de Administração da EDP no próximo triénio. Até agora vice-presidente da Nos, Ana Paula Marques acumula uma experiência de mais de vinte anos nas telecomunicações e passa a ser o único membro externo da equipa de gestão da elétrica que vai ter cinco elementos, apurou o ECO junto de uma fonte conhecedora do processo.

Miguel Stilwell propôs aos acionistas da EDP uma equipa que é, na prática, uma mudança na continuidade. Há uma renovação geracional, mas dos cinco membros, quatro já estão na administração executiva. O próprio Stilwell, Rui Teixeira, Miguel Setas e Vera Pinto Pereira. A equipa fica completa com a entrada de Ana Paula Marques, economista formada na Faculdade de Economia do Porto e que começou a sua carreira profissional na Procter & Gamble, antes de passar para uma startup do grupo Sonae… a Optimus. No presente mandato, passou a vice-presidente da Nos, com pelouros diversos na operadora: Marca e a Comunicação, o Serviço a Clientes, os Processos, a Logística e Gestão de Terminais, a Instalação e Manutenção, a Gestão de Ativos e Serviços Gerais, o Market e Customer Intelligence, os Recursos Humanos e a Direção de Transformação.

Como o ECO revelou esta quinta-feira, Miguel Stilwell propôs aos acionistas de referência da EDP uma nova administração executiva, uma lista que deverá ser anunciada esta sexta-feira, ficando marcada a assembleia geral extraordinária de acionistas para o dia 19 de janeiro, isto é 30 dias depois. Da nova equipa saem gestores históricos da companhia, como João Marques da Cruz e António Martins da Costa.

João Marques da Cruz na EDP Brasil

Martins da Costa, 66 anos, é quadro superior da EDP, já foi presidente da companhia no Brasil e deverá ficar com funções de representação e de assessoria ao conselho de administração executivo. Já João Marques da Cruz deverá ser indicado para presidente da EDP Brasil, onde está até agora Miguel Setas.

A EDP Brasil deixa de ter um presidente com assento no conselho de administração executivo da EDP, com este novo modelo de governação, e uma equipa de cinco gestores (eram nove até à suspensão de funções de António Mexia e João Manso Neto). Mas não é a primeira vez que sucede, já Ana Maria Fernandes foi presidente da EDP Brasil sem estar no ‘board’ da EDP. De qualquer forma, o negócio do Brasil perdeu peso no total de resultados do grupo, estando agora abaixo dos 10% (muito por força da desvalorização do real).

A EDP Brasil lucrou 808 milhões de reais (cerca de 130 milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma quebra de 3,6% face ao mesmo período do ano passado, o que a empresa associa ao impacto da pandemia no negócio. O EBITDA cedeu também 2,7% para 1,98 mil milhões de reais (equivalente a 320 milhões de euros). No fim de setembro, a dívida líquida da EDP Brasil situava-se em 5,8 mil milhões de reais (933 milhões de euros), de acordo com os últimos resultados.

(Notícia atualizada às 17h05 para corrigir data da assembleia geral extraordinária, será no dia 19 e não no dia 18 de janeiro)

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