Candidatos vão gastar um milhão com campanha às presidenciais. Veja quem gasta mais e menos
O custo da campanha das presidenciais vai cair por causa da pandemia, passando para um terço do valor gasto em 2016 pelos candidatos. Tino de Rans e Marcelo são os que planeiam gastar menos.
A campanha para as eleições presidenciais é atípica. O país continua mergulhado numa pandemia e os candidatos decidiram adaptar as ações à nova realidade, o que ditou uma redução significativa dos orçamentos das Presidenciais 2021. Ao todo, os sete candidatos que entregaram o orçamento de campanha esta semana à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos pretendem gastar um milhão de euros, o que compara com os três milhões de euros efetivamente gastos pelos candidatos em 2016.
1.005.067 euros. É este o total que os sete candidatos — falta o orçamento do candidato Eduardo Baptista, o primeiro nome da lista do boletim de voto — antecipam que vão gastar na campanha das presidenciais que arranca a 10 de janeiro, sendo que as eleições estão marcadas para 24 de janeiro. O valor representa um terço do que gastaram efetivamente os 10 candidatos de 2016.
O orçamento de Vitorino Silva, conhecido por “Tino de Rans”, será o mais baixo, com 16 mil euros, o que corresponde ao dobro dos 8,2 mil euros gastos na sua campanha presidencial em 2016. Segue-se Marcelo Rebelo de Sousa com um orçamento de 30,5 mil euros para a campanha da sua recandidatura, o que compara com os 179 mil euros que efetivamente gastou nas presidenciais em que foi eleito. Este valor fica acima dos 25 mil euros referidos inicialmente pelo atual Presidente da República, o qual deveria estar a referir-se apenas ao valor com que contava de subvenção pública, sendo o restante donativos.
O terceiro orçamento mais baixo é o de Tiago Mayan, o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, que pretende gastar 38,5 mil euros, contando com 25 mil euros da IL. Ana Gomes, ex-eurodeputada do PS, fará uma campanha com um custo global de 53,5 mil euros, contando com 30 mil euros de donativos.
Os orçamentos maiores pertencem aos outros três candidatos apoiados por partidos, a começar por André Ventura, com um orçamento de 160 mil euros, contando com 100 mil euros de donativos e 25 mil euros do Chega. De seguida surge Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, com um orçamento de 256,6 mil euros, menos de metade dos 601 mil euros gastos na campanha presidencial de 2016 em que ficou em terceiro lugar.
João Ferreira tem a previsão de maiores gastos, seguido de Marisa Matias e André Ventura
O orçamento maior pertence ao candidato apoiado pelo PCP, João Ferreira, com gastos de 450 mil euros, contando com 50 mil euros do PCP. Contudo, este orçamento também representa uma redução face à candidatura de Edgar Silva de 2016, a qual gastou 581 mil euros.
Estes orçamentos, consoante os resultados finais das eleições, deverão determinar um gasto menor do Estado com a campanha das presidenciais face ao previsto. Há três milhões e meio de euros (80% de 10 mil vezes o Indexante de Apoios Sociais, que este ano é de 438,81 euros) disponíveis para pagar as campanhas das presidenciais através das subvenções públicas. Mas estas não pagam tudo, segundo a lei.
Desde logo, a subvenção pública só é atribuída aos candidatos que consigam pelo menos 5% dos votos. Para os que cheguem lá, o valor é distribuído da seguinte forma: 20% é distribuído em partes iguais entre os candidatos e 80% são entregues proporcionalmente, tendo em conta os votos obtidos. Contudo, a subvenção só é paga até ao valor das despesas efetivamente realizadas (não pode haver lucro).
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