Aviva acelera estratégia faz 5.º desinvestimento em poucos meses

  • ECO Seguros
  • 3 Janeiro 2021

Enquanto se mantém expectativa sobre o futuro das suas operações em França, a seguradora Aviva Plc prossegue a estratégia de desinvestir em mercados não estratégicos e aliena atividade no Vietname.

O grupo segurador britânico acordou vender a Aviva Vietnam Life Insurance Company Limited, entidade que desenvolve a operação Vida do grupo naquele país, à subsidiária de canadiana Manulife na região (Manulife Financial Asia Limited), tendo como contrapartida pagamento em numerário.

Nos termos da transação acordada, a Manulife deverá selar um novo contrato de distribuição local com o parceiro atual que a Aviva Vietnam tem (em exclusivo) na área de bancassurance, o Vietnam Joint Stock Commercial Bank for Industry and Trade (Vietinbank).

Com a cessão da atividade Vietname, a companhia britânica completa a 5.ª transação de venda de ativos nos últimos meses de 2020, quatro das quais na Ásia. Além da venda da participação que detinha na Blue (Aviva Life Insurance Co Ltd), em Hong Kong, alienada à parceira local (Hillhouse Capital), o grupo britânico vendeu a parte que detinha na PT Astra Aviva Life Indonesia à PT Sadaya Multi Investama, alienou também a atividade em Singapura à SingLife (mas mantém 25% da entidade que resulta da venda da Aviva Singapore) .

Em Itália, acordou a venda da participação que detinha na Aviva Vita ao UBI Banca (grupo Intesa Sanpaolo), parceiro da seguradora britânica na joint venture do ramo Vida. Depois desta transação, espera-se ainda, em Itália, que a Aviva receba propostas para uma parceria de seguros que detém com o UniCredit, e ofertas de compra da subsidiária integral do negócio Vida (Aviva Life) e da operação de seguros gerais (Aviva Italia).

Entretanto, a Aviva France – que tem gerado maior interesse por constituir a 2ª maior fonte de resultados do grupo britânico, a seguir ao Reino Unido (mercado doméstico da Aviva plc) – ainda espera desfecho.

Segundo relatos mais recentes na imprensa francesa, depois de alegado falhanço nas conversas da Aviva com um consórcio Allianz-Athora Holding, a mutualista Macif tem intensificado esforços para assegurar a melhor posição na corrida à compra da Aviva France, cuja aquisição pode significar um desembolso estimado entre dois mil milhões e 3000 milhões de euros. De acordo com as mesmas fontes, a Macif terá mandatado os bancos Credit Suisse e o Lazard para trabalharem no dossiê para submeter uma oferta antes do meio de janeiro, tido como prazo limite para as propostas não vinculativas.

Além da Macif e da Allianz outras companhias são apontadas como potenciais candidatas à compra da Aviva France. Entre os pretendentes estarão Generali, Groupama, Axa, La Mondiale e o La Banque Postale (atualmente em processo de absorção da CNP Assurances).

O plano de desinvestimentos da Aviva Plc é um dos compromissos da nova CEO do grupo. Na sua primeira comunicação, após ser nomeada (já na segunda metade de 2020) para liderar o grupo, Amanda Blanc anunciou que a estratégia operacional do grupo passa por se focar em 3 mercados: Reino Unido, Irlanda e Canadá.

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