Costa considera “provável” regresso a confinamento de março, mas sem fecho de escolas

Decisão de agravar as restrições para conter a pandemia foi anunciada esta quinta-feira pelo primeiro-ministro após o Conselho de Ministros.

O confinamento poderá voltar a ser obrigatório em Portugal, já a partir da próxima semana, alertou o primeiro-ministro. Após o Conselho de Ministros, António Costa anunciou que vai começar a reunir-se com partidos, Presidente da República e parceiros sociais para discutir novas restrições. Considerou “provável” o regresso do quadro de medidas adotadas em março, com a exceção do fecho das escolas.

“Podermos preparar, se tal vier a ser necessário, a adoção de medidas no próprio dia 12 que correspondam a agravamento da situação que se venha a confirmar com os números de ontem e hoje indiciam que pode acontecer”, avisou António Costa. Os novos casos de Covid-19 alcançaram na quarta-feira o recorde de 10.027 e irão esta quinta-feira ficar próximos também de dez mil.

O agravamento estará relacionado com o período das festas, mas os especialistas irão apenas fazer essa análise na reunião no Infarmed marcada para terça-feira, 12 de janeiro. Costa explicou que, só nessa altura haverá dados claros que permitam ajustar as medidas. Até lá, estará em vigor um estado de emergência intercalar (de apenas uma semana, entre 8 e 15 de janeiro) com as mesmas restrições que já estavam em vigor, mas abrangentes a mais regiões.

Após a reunião no Infarmed, Costa antecipa um agravamento das restrições. “Muito provavelmente teremos de adotar na próxima semana medidas de restrição mais elevadas, tal como está a acontecer na generalidade dos outros países da Europa”, apontou.

Questionado sobre a que medidas se referia e se estariam em causa confinamento ou fecho de escolas, Costa clarificou que “há um grande consenso que não se justifica afetar o funcionamento do ano letivo” como no ano passado. De resto, tudo deverá voltar a ser como em março. “Efetivamente, o cenário que podemos ter como provável é voltarmos a ter um conjunto de medidas tipo o que tínhamos em março, mas com a ressalva de todos os especialistas nos indicarem que não se justifica afetar o normal funcionamento das escolas”.

Em março, havia não só o dever de recolhimento domiciliário, como restrições à circulação, encerramento de todo o comércio e restauração. O teletrabalho é já obrigatório e deverá manter-se.

(Notícia atualizada às 14h50)

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