Ministra da Saúde manda adiar cirurgias no SNS

  • ECO e Lusa
  • 13 Janeiro 2021

O despacho enviado aos hospitais pela ministra da Saúde indica que todos os esforços devem estar concentrados na área de Cuidados Intensivos.

A ministra da Saúde emitiu esta tarde um despacho para os hospitais, onde dita que todos os esforços devem estar concentrados na área de Cuidados Intensivos, nomeadamente os doentes críticos da pandemia. E, para tal, poderá ser necessário adiar as cirurgias programadas, mesmo as prioritárias, avançou o Expresso (conteúdo pago) esta quarta-feira.

“Os estabelecimentos hospitalares do SNS devem proceder ao diferimento de atividade cirúrgica programada de prioridade normal ou prioritária”, lê-se no despacho enviado por Marta Temido aos hospitais. Estas orientações surgem numa altura em que as hospitalizações de doentes com Covid-19 atingem níveis recorde.

A comunicação da ministra responsável pela pasta da Saúde dita ainda que os hospitais devem “promover a alocação de meios humanos para a Medicina Intensiva, de modo a maximizar a capacidade de resposta nesta área (Covid), em conformidade com a suspensão e diferimento de atividade assistencial efetuada”.

No entanto, o Ministério da Saúde esclareceu ainda esta quarta-feira que o despacho enviado aos hospitais não manda suspender as cirurgias urgentes ou muito prioritárias e que não se aplica a hospitais como o Instituto Português de Oncologia.

Numa nota enviada à agência Lusa, o Ministério da Saúde (MS) assegura que “o diferimento de atividade cirúrgica será sempre feito mediante avaliação clínica e garantia de que não ocorre limitação do prognóstico do utente”.

Adianta ainda que a cirurgia oncológica prioritária deve ocorrer até 45 dias após a indicação cirúrgica, sublinhando que o despacho vigora até 31 de janeiro.

Segundo o Ministério, “o despacho não se aplica a hospitais como os IPO que, de acordo com o funcionamento em rede, estão disponíveis para receber os doentes que requeiram cirurgia prioritária durante o período de aplicação do despacho”.

A propósito deste assunto, o líder do PSD, Rui Rio, questionou, através da sua conta no Twitter, “porque razão não estão já mobilizados pelo Governo todos os meios de que Portugal dispõe – incluindo os dos setores privado e social – para ajudarem neste momento dramático”.

 

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