Catástrofes naturais custaram 65 mil milhões às seguradoras em 2020, estima Willis Re

  • ECO Seguros
  • 8 Fevereiro 2021

Dominado pela pandemia, 2020 foi o quarto mais grave dos últimos 10 anos em danos segurados resultantes de eventos naturais adversos como furacões, ciclones, sismos e cheias.

As catástrofes naturais resultaram em prejuízos segurados calculados em 78 mil milhões de dólares (cerca de 65 mil milhões de euros), representando perdas 17% acima da média dos últimos 10 anos, estabelecida em 66,5 mil milhões de dólares, revela um relatório da Willis Re, divisão de resseguros da Willis Towers Watson (WTW), companhia global de corretagem e consultoria de risco.

Comparando com os 120 mil milhões de dólares de perdas em 2011, os 143 mil milhões em 2017 e cerca de 80,5 mil milhões de dólares em 2018, as perdas inventariadas por conta de desastres naturais fazem de 2020 o quarto ano mais oneroso para a indústria seguradora desde 2011, assinala o estudo.

O Summary of Natural Catastrophe Events 2020 não reflete globalmente o nível de atividade de tempestades ocorridas porque, no ano passado, muitos ciclones tropicais e furacões contornaram áreas edificadas. De acordo com o relatório, o montante estimado de perdas seguradas cresceu face aos 53 mil milhões de 2019 apesar do impacto relativamente limitado das intempéries com origem no Atlântico Norte, nota a Willis Re.

Com a pandemia de Covid-19 a dominar o debate e atualidade sobre perdas catastróficas, “registou uma série de eventos naturais catastróficos de menor dimensão, mas com impacto.”, assinala Yingzhen Chuang, diretor regional de Catastrophe Analytics na Willis Re International citado no documento.

Com 30 furacões nomeados durante a época mais ativa do ano, poucos atingiram terra firme, com destaque para a força do furacão Laura que, sendo considerado o maior evento meteorológico da temporada no mapa norte-americano, provocou perdas seguradas entre oito e 9 mil milhões de dólares. O resto dos prejuízos atribuídos a essa categoria de eventos causou danos considerados de pequeno e médio montante, considera a companhia líder global em consultoria de risco.

Na Europa, em ano marcado também por atividade sísmica e estragos causados por chuvas intensas, granizo e vento fortes, a tempestade de vento Ciara (também denominada Sabine) com impacto destruidor em 10 países, produziu 2 mil milhões de dólares em danos segurados, agravados por uma série de outros eventos (tempestade Ines, Denis e Jorge) num curto período de duas semanas, circunstância que potenciou estragos causados por ventos fortes e, pela acumulação dos níveis de precipitação, que piorou as consequências das cheias.

Pela Ásia, o ciclone tropical Haishen elevou as perdas seguradas a um montante próximo dos mil milhões de dólares. A América Latina e as Caraíbas foram atingidas pelo furacão Iota, em novembro, com um prejuízo económico estimado em cerca de 1,3 mil milhões de dólares, mas perdas seguradas de montante bastante inferior, refere ainda o relatório.

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