Com empresas “exaustas”, CTP pede “novas medidas de apoio”
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) defende novas medidas para as empresas, dado que as atuais estão "ultrapassadas" e "gastas".
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) reuniu-se esta quarta-feira com o Presidente da República, num encontro que, adiantou Francisco Calheiros, serviu para expressar as preocupações do setor, num momento em que as empresas “estão exaustas” e “já não aguentam mais”. Em declarações aos jornalistas, o presidente da CTP pediu mais medidas de apoio, dado que as atuais estão “ultrapassadas” e “gastas”.
“Todas as medidas que tivemos foram desenhadas para três e seis meses. Em março faz um ano [que a pandemia começou] e não vai parar. Portanto, houve medidas muito importantes feitas por parte do Governo, mas essas medidas estão ultrapassadas e gastas“, começou por dizer Francisco Calheiros, à saída do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente da CTP frisou ainda que “é urgente ter novas medidas de apoio à economia e às empresas”, porque estas estão “exaustas, já não aguentam mais e gastaram as suas reservas”.
Francisco Calheiros deu mais detalhes sobre o encontro com o Chefe de Estado, referindo que foi abordada a questão do lay-off, “que é uma medida extraordinariamente importante para o turismo”, mas também o Programa Apoiar, “que neste momento viu a sua dotação financeira finalizada”. O responsável notou que “é fundamental aumentar essa dotação”.
Falou-se ainda da questão das moratórias fiscais e financeiras, que “são um problema grande”, continuou Francisco Calheiros, adiantando que a CTP reuniu na semana passada com a Associação Portuguesa de Bancos (APB) para discutir esse ponto. “Novamente, uma medida desenhada para três a seis meses, que tem de ser prolongada. Porque não poderemos continuar a ter mais empréstimos em cima de empréstimos“, acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se com os parceiros sociais para discutir a situação das empresas. Esta quarta-feira as audiências arrancaram com a CTP, seguindo-se a União Geral de Trabalhadores (UGT) e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP). Amanhã será a vez da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP).
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