Opção entre teletrabalho e apoio à família deve abranger o 2.º ciclo, defende UGT
A posição da UGT foi transmitida ao final da tarde desta quarta-feira por Carlos Silva depois de uma audiência com o Presidente da República, que está a receber os parceiros sociais.
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, exigiu esta quarta-feira que o Governo alargue aos pais com filhos até ao 2.º ciclo do ensino básico a possibilidade de optarem entre teletrabalho e o apoio à família.
A posição da UGT foi transmitida ao final da tarde desta quarta-feira por Carlos Silva depois de uma audiência com o Presidente da República, que está a receber os parceiros sociais.
Durante uma reunião da Concertação Social, realizada durante a manhã, o Governo propôs que os pais com filhos na escola até ao final do 1.º ciclo e as famílias monoparentais possam poder optar entre estar em teletrabalho ou receber o apoio à família – situação que até agora os excluía.
Porém, para a UGT esta proposta do Governo fica aquém do necessário, tendo Carlos Silva precisado que a medida deve “pelo menos” abranger os pais com filhos que frequentem o 2.º ciclo do ensino básico, que equivale ao 5.º e 6.º anos de escolaridade.
O secretário-geral da UGT afirmou ainda que o que sucedeu no Natal não pode repetir-se na Páscoa, manifestando-se favorável à manutenção do confinamento até à nova quadra festiva se tal for necessário.
“A questão do confinamento tem de ser mantida […]. O que a UGT deu nota é que aquilo que aconteceu no Natal não se pode repetir na Páscoa. Ora a Páscoa é no primeiro fim de semana de abril e, portanto, se o confinamento tiver de ser prolongar até depois da Páscoa que o façam”, disse Carlos Silva no final da audiência com o Presidente da República.
O secretário-geral da UGT afirmou ainda que o confinamento não deve ser entendido pelas pessoas como uma decisão antidemocrática ou que põe em causa os direitos, liberdades e garantias, acentuando que a principal garantia que o Estado tem de dar aos cidadãos é “a defesa da saúde”.
Neste contexto, precisou, o confinamento “foi um mal necessário que aconteceu e que deve continuar a acontecer”, porque “temos de nos proteger”, pelo que “deve ser aplicada num novo o estado de emergência que termine nessa altura”.
Ainda no âmbito da pandemia, Carlos Silva reiterou junto de Marcelo Rebelo de Sousa a posição de “repúdio” da UGT em relação aos que de forma “antiética” se vacinaram antes dos que são considerados prioritários.
Relativamente ao consenso pedido pelo Governo em relação à pandemia, afirmou que, no que à UGT diz respeito, se trata de “um não assunto”, uma vez que “só pode haver consenso quando nos é apresentada uma proposta sobre uma matéria”.
Carlos Silva falou ainda da presidência portuguesa da União Europeia, salientando que a UGT tudo fará para que corra bem, pelo menos do ponto de vista sindical. Neste contexto referiu alguns dos encontros que vão ter lugar no Porto, em maio, e em Lisboa, em julho, deixando uma crítica indireta às manifestações que estão a ser agendadas.
“Não precisamos de aproveitar a rua para transmitirmos mensagens”, precisou.
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