Pedidos de patentes subiram. China lidera, Portugal pede 269

  • Lusa
  • 2 Março 2021

De acordo com os dados da WIPO, Portugal apresentou 269 pedidos de patente internacional, um aumento face aos 198 pedidos registados em 2019.

Os pedidos de patentes internacionais aumentaram 4% em 2020, para um total de 275.900, evolução que mostra que a pandemia de Covid-19 não travou a inovação embora o registo de novas marcas tenha estagnado, foi revelado esta terça-feira.

De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO, na sigla em inglês), o país que liderou os pedidos de novas patentes foi a China, com 68.729 e acima dos 59.193 pedidos em 2019, seguido dos Estados Unidos da América (59.230) e do Japão (50.520).

No ‘ranking’ dos países com registo de maior número de pedidos de patentes, seguem-se, por esta ordem, a Coreia do Sul, Alemanha, França, Reino Unido, Suíça, Suécia e Holanda – este último com 4.035, menos 20 do que em 2019.

De acordo com os dados da WIPO, Portugal apresentou 269 pedidos de patente internacional, no ano em que a doença provocada pelo novo coronavírus foi declarada como pandemia, um aumento face aos 198 pedidos em 2019.

Na América latina, o Brasil foi o país com maior destaque, surgindo em 27.º lugar no ranking, com 697 pedidos de patente.

Na análise por empresas, a chinesa Huawei manteve a liderança mundial nos pedidos de patentes, com 5.464, seguida pela sul coreana Samsung (3.093) e pela japonesa Mitsubishi (2.810).

A também sul coreana LG surge, por seu lado, na 4.ª posição, com 2.759 pedidos, número que a levou a conquistar seis posições por comparação com o ‘ranking’ de 2019.

Já no que diz respeito às instituições de ensino, os EUA lideram com a Universidade da Califórnia e o Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) a registarem, respetivamente, 559 e 269 pedidos.

O relatório da WIPO revela ainda que, por setores, a maior parte dos pedidos de patentes em 2020 estão relacionados com avanços na informática (9,2%), comunicação digital (8,3%) e tecnologia na área da medicina (6,6%).

Ainda que os dados mostrem que a inovação e novas patentes não foram afetadas pela pandemia, o mesmo não se passa no que diz respeito ao lançamento de novas marcas. Neste caso, e de acordo com a informação disponibilizada pela organização com sede em Genebra, observou-se uma queda de 0,6% face a 2019, para 63.800.

A WIPO atribui esta ligeira descida à desaceleração na introdução de novos produtos no mercado em função da crise sanitária mundial. Esta é, de resto, a primeira queda neste indicador desde a crise financeira de 2008, embora a descida não seja transversal, ou seja, há registo de menos novas marcas nos Estados Unidos, Alemanha e França, enquanto China e Reino Unido revelaram uma tendência oposta.

Em Portugal, o número baixou de 223 em 2019 para 188 no ano passado.

No que diz respeito ao lançamento de novas marcas, a farmacêutica suíça Novartis liderou em 2020 o ‘ranking’ de empresas, com 233 novos pedidos, seguida da chinesa Huawei (197), da japonesa Shiseido (130) da alemã ADP Gauselmann e da francesa L’Oreal (115), que em 2019 tinha ocupado o primeiro lugar.

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