Trabalhadores da TAP têm mais dez dias para aderir às saídas voluntárias
Presidente executivo da TAP, em entrevista à RTP, revelou que a empresa deu mais dez dias aos trabalhadores para aderirem às medidas voluntárias.
O presidente executivo da TAP acredita que ainda é possível chegar a acordo com os trabalhadores e assim evitar despedimentos. Em entrevista à RTP, o responsável garantiu ainda que nunca esteve em cima da mesa o cenário de falência da transportadora.
“Decidimos ampliar o prazo de fecho das medidas voluntárias que terminava no dia 14. Temos mais dez dias, porque entendemos que as pessoas precisavam de mais tempo”. Ramiro Sequeira espera com este alargamento ser “possível” chegar ao número de saídas sem que haja despedimentos. “Mas depende do comportamento das medidas voluntárias e da fase muito importante de chegar a acordo com os trabalhadores que tenham de sair”, acrescentou.
O plano de reestruturação da TAP — cuja proposta está ainda a ser avaliada pela Comissão Europeia — implica um corte de 1,4 mil milhões de euros na massa salarial. Os sindicatos negociaram com a administração (e com o Governo) alternativas para reduzir os despedimentos, que resultaram numa série de medidas voluntárias: rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas, pré-reformas, trabalho a tempo parcial e licenças sem vencimento.
Ramiro Sequeira defendeu ainda que não se pode deixar cair a TAP e garantiu que nunca esteve em cima da mesa o cenário de falência. “Não. A partir do momento e que assumi este pelouro interinamente, como é sabido, focámos 100% das nossas energias em fazer um plano – que tinha uma data limite para ser entregue em Bruxelas que era o 10 de dezembro – e com a ajuda de todos conseguimos fazê-lo”. O responsável explicou que, agora, a empresa está perante uma “nova fase”, “não menos importante” que é, “primeiro, a aprovação do plano — que ainda falta — e depois a implementação” do mesmo.
Quanto ao futuro da Groundforce, o presidente executivo da TAP reconhece que é difícil e está por definir. “Neste momento, na aviação nenhum cenário está descartado em nenhuma empresa”, disse Ramiro Sequeira quando questionado no “Tudo é Economia” se, neste momento, está em cima da mesa um cenário de liquidação da Groundforce. Mas admitiu que “ainda” não se está nesse cenário. Sublinhando que “todos os parceiros, dentro das empresas e entre empresas, têm de estar juntos para se ultrapassar” os problemas, também reconheceu que “não é uma situação fácil” e que “ninguém pode dizer que nada vai acontecer”
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