Dinheiro fácil e imediato? Banco de Portugal alerta para fraudes através das redes sociais
Segundo o Banco de Portugal, tem existido esquemas fraudulentos que prometem aos consumidores o acesso a "crédito fácil", processo durante o qual são burlados.
O Banco de Portugal alerta para a existência de esquemas fraudulentos, a decorrer nas redes sociais, que dizem dar aos consumidores a possibilidade de aceder a crédito fácil, embora isso nunca venha a acontecer. O aviso foi feito esta segunda-feira, referindo que as pessoas que as pessoas que aderem a estas propostas, em vez de receberem os montantes do empréstimo, acabam por ter de pagar à entidade responsável pela burla.
O comunicado do Banco de Portugal relata a existência de ” diversas situações em que pessoas coletivas ou singulares propõem ao público, através das redes sociais […] a suposta concessão de empréstimos, exigindo, como contrapartida, o pagamento de valores monetários recorrendo a falsas justificações“.
Assim, muitas das situações em que se verifica uma promessa de concessão de “dinheiro fácil e imediato” não passam de fraudes, cometidas por entidades não autorizadas a conceder crédito, com os clientes a acabarem por não receber “os montantes de empréstimo solicitados”.
Além do mais, depois de serem acordados os termos do empréstimo, nomeadamente o valor, juros e montante das prestações, as entidades requerem ainda o pagamento antecipado de um montante, para que a verba “do empréstimo seja supostamente disponibilizada”, algo que nunca vem a acontecer.
Os consumidores veem-se, assim, “envolvidos num contexto de sucessivos pedidos de fundos para desbloqueio do capital, que acreditam estar apenas dependente do pagamento” das quantias pedidas pelos responsáveis pela fraude. Assim, para além de nunca receberem o dinheiro que lhes foi prometido, acabam também por perder valores que eram seus por direito.
Durante o processo, “são solicitadas ao cliente informações pessoais e cópias de documentos”, como é o caso do número de identificação fiscal ou uma cópia do cartão de cidadão. Porém, essa não passa de uma estratégia que quer “dar credibilidade ao pedido”, dando uma maior sensação de segurança a quem adere ao serviço.
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