Fã das compras online? Saiba como fazer transações mais seguras

Portugueses estão a fazer cada vez mais compras online. É uma consequência da pandemia, mas a tendência veio para ficar. Por isso, é importante garantir que essas operações são feitas em segurança.

A pandemia forçou os portugueses a alterarem o modo como fazem compras no seu dia-a-dia. As restrições impostas pelo Governo têm, muitas vezes, impedido os cidadãos nacionais de comprarem certos artigos nas lojas físicas, apresentando-se o comércio online como a única forma de adquirirem esses produtos.

Isso fez com que, em 2020, mais portugueses passassem a aderir às compras online. Aliciados pela “disponibilidade” de uma “maior diversidade” de produtos e serviços disponíveis pelo online, bem como pela “existência de preços mais competitivos”, como esclarece ao ECO Tito Rodrigues, representante das Relações Institucionais da Deco Proteste. Podemos assim estar perante uma “tendência” que “não vai desaparecer”, diz.

Isto porque, na ótica do especialista, esta é uma prática cujas “vantagens superam largamente os riscos para os consumidores”. Apesar de não poderem “ver os produtos fisicamente”, é de relembrar que, na compra de produtos que têm “garantia de dois anos”, essa condição se mantém se a compra for realizada através do online. Além do mais, existe sempre o “direito de arrependimento”, que dá ao consumidor a possibilidade de desistir de um contrato, por exemplo, até “14 dias após se ter realizado a compra”.

Apesar de todas estas vantagens, os consumidores devem ter alguns cuidados, de forma a realizarem estas compras online com a maior segurança possível. Neste artigo, o ECO considerou as dicas fornecidas por Tito Rodrigues, da Deco Proteste, mas também pelo Banco de Portugal, a este propósito.

Antes de fazer a transação…

Antes de realizarem a compra propriamente dita, os consumidores devem ter o cuidado de “ler, com atenção, a informação do site” onde se propõe a realizar a compra, diz o especialista da Deco Proteste, para garantirem que estão a fazer a escolha acertada. Além do mais, é importante realizarem uma pesquisa acerca do produto e do vendedor em causa, “para perceberem se existem queixas” sobre os mesmos.

Também o Banco de Portugal alerta para esta importância de se verificar a credibilidade do vendedor em questão. Se não conhecer o vendedor que está a disponibilizar o produto que pretende comprar, opte por obter “referências de amigos e familiares e procure informações sobre ele na internet”.

Por outro lado, é importante considerar que “ofertas irrecusáveis ou pechinchas” acabam, frequentemente, por corresponder a “situações de fraude”, destaca o Banco de Portugal. A este propósito, o especialista da Deco Proteste aconselha os consumidores a “desconfiarem sempre de produtos com valor muito abaixo da média do mercado”.

É importante saber, também, se o site onde nos propomos a fazer determinada compra é seguro, algo que acontece quando o endereço do mesmo começa por “https://”, avança o Banco de Portugal. Segundo a Deco Proteste, esta é uma “forma de encriptação mais segura” e, por isso, os consumidores ficam mais salvaguardados aquando da realização dos pagamentos.

O Banco de Portugal destaca ainda que as páginas que apresentam “um símbolo de um cadeado na barra inferior ou superior da janela do site” oferecem aos clientes a segurança necessária para realizarem a transação. Tito Rodrigues diz como estas são páginas que possuem a chamada “encriptação para pagamento”, que é sinónimo de “maior segurança”.

Durante a compra…

No momento da realização da compra, o Banco de Portugal aconselha os portugueses a preferirem a “utilização de cartões de pagamento com segurança acrescida“. Nomeadamente, “cartões com procedimentos de autenticação adicionais”, com um “saldo ou plafond limitado e com prazo de validade reduzido, como são os cartões pré-pagos”, ou “cartões virtuais de utilização única ou para pagamentos recorrentes”.

O especialista da Deco Proteste também refere que o “cartão de utilização única” continua a apresentar-se como uma “ótima opção” ao nível da segurança. Isto porque, caso alguém consiga aceder indevidamente aos dados desse cartão virtual, o “prejuízo” acabaria por estar circunscrito ao montante que o utilizador tinha definido para aquela compra em específico, não dando acesso aos valores totais presentes na sua conta bancária.

Tito Rodrigues aconselha ainda os consumidores a procurarem “a fórmula” de pagamento “em que se sentem mais confortáveis”, seja através da simples “referência Multibanco”, do “MB Way” ou de outras ferramentas. No que concerne as preocupações que circundam o recurso ao MB Way, a Deco Proteste refere que “não é o sistema em si que está sujeito a burlas“.

Aliás, estas situações de fraude só acontecem a pessoas “que não conhecem” o modo de funcionamento desta aplicação e que “acabam por dar os dados do seu cartão ou as suas passwords” a desconhecidos, esclarece. Neste âmbito, também o Banco de Portugal aconselha os compradores a desconfiarem sempre “de solicitações de dados […] que lhe pareçam excessivas ou fora do comum, ainda que provenientes de uma entidade aparentemente confiável”.

Finalmente, Tito Rodrigues salienta ainda a importância dos consumidores não se comprometerem “com nenhum contrato” por via do online, “,a menos que tenham a certeza sobre as características do produto, o preço e as condições” que estão a ser acordadas. Deste modo, adverte que os clientes devem exigir “o envio do contrato” para a sua morada, de forma a terem algum tempo para perceberem “se estão a fazer um bom negócio”. Só depois deverão, então, assinar o contrato, “por escrito”.

Depois de feita a transação…

O Banco de Portugal fornece também alguns conselhos relevantes acerca do que fazer após se ter efetuado uma compra online. Uma verificação regular do extrato bancário, de forma a verificar se os movimentos realizados e os montantes cobrados estão corretos, apresenta-se como uma das dicas oferecidas pela instituição.

Se possível, o comprador deverá também guardar a “informação” relativa à “entidade” e às “transações” realizadas – por exemplo, através do “print screen dos dados da operação”. E caso existam indícios que o levem a suspeitar de que foi alvo de uma fraude – através da “utilização abusiva ou não autorizada do seu cartão de pagamento”, nomeadamente -, deve também comunicar a situação ao seu banco e à polícia.

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