Moody’s prevê recuo do défice acumulado da dívida tarifária de eletricidade em 2021
O défice acumulado da dívida tarifária de eletricidade de Portugal em percentagem do Produto Interno Bruto deverá cair para 1,4% em 2021, contra 1,5% em 2020.
A Moody’s Investors Service afirmou, esta quinta-feira, que o défice acumulado da dívida tarifária de eletricidade de Portugal em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) deverá cair para 1,4% em 2021, contra 1,5% em 2020.
Num estudo sobre os endividamentos dos sistemas elétricos de Portugal e Espanha divulgado esta quinta-feira, a Moody’s Investors Service afirma que espera que o rácio cumulativo entre a dívida do défice tarifário de eletricidade e as receitas reguladas, tanto para Portugal como para Espanha, se mantenha em “níveis historicamente baixos”, respetivamente em cerca de 80% e 70%, até ao final de 2021.
A agência sublinha que “as alterações do quadro regulamentar nos dois países são improváveis em 2021” e que a redução da dívida apoia a sustentabilidade do sistema.
“Apesar da redução da procura de eletricidade durante a pandemia, a dívida do sistema elétrico continuará este ano a estabilizar-se em Portugal e a diminuir em Espanha, depois de ter recuado em 2020, de acordo com os reguladores dos países” (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e Comisión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC), refere a agência no estudo.
Segundo o estudo da Moody’s, os sistemas elétricos português e espanhol continuarão o pagamento constante da dívida tarifária de eletricidade até 2021, reduzindo o peso da dívida dos sistemas elétricos, ajudando a conter os custos do sistema e facilitando os pagamentos constantes às titularizações.
A Moody’s afirma ainda que “este é o resultado do atual quadro regulamentar estável que foi concebido nos dois países para assegurar a sustentabilidade do sistema“.
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