CEO da TAP aponta projeções “mais otimistas”, mas quebra de atividade ainda será de 45% em junho

A partir de abril -- mês em que reiniciaram os voos para Brasil e Reino Unido -- a expetativa da companhia aérea é de aceleração da retoma da atividade, em linha com o esperado a nível internacional.

A TAP está mais otimista quanto às projeções de retoma do negócio no segundo trimestre do ano, mas espera ainda que a atividade seja, em junho, menos de metade do que era no período pré-Covid-19, de acordo com informações prestadas pelo CEO Ramiro Sequeira numa comunicação interna a que o ECO teve acesso.

“Para o 2º trimestre as projeções são um pouco mais otimistas, mesmo em virtude do impacto da autorização das viagens essenciais para o Brasil, prevendo-se que a percentagem da capacidade (ASK) suspensa, face a igual período de 2019, venha a diminuir, gradualmente, com valores de: menos 72% em abril, menos 75% em maio e menos 45% para junho”, revela Sequeira.

A melhoria compara com um início do ano marcado pelas restrições de viagens (em especial pela proibição de voar para o Brasil). Os piores meses foram janeiro e fevereiro, tendo-se registado em março uma inversão face à tendência decrescente que se verificava há quatro meses. Ainda assim, a recuperação foi “ligeiríssima” e a TAP operou apenas 1.459 voos em todo o mês.

A partir de abril — mês em foram retomados os voos para o Brasil e Reino Unido — a expetativa é de aceleração da retoma da TAP, em linha com o esperado pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês).

“As projeções de recuperação da capacidade (ASK) da IATA, de 20 de abril, apontam para o início de uma longa recuperação a partir de junho. Para outubro, as estimativas apontam para menos 17% da capacidade de 2019 para o cenário acelerado, menos 30% para o cenário moderado e menos 53% para o cenário prolongado. A TAP projeta, para os próximos meses, uma capacidade em linha com o cenário moderado da IATA“, diz Sequeira.

Neste contexto, o plano de rotas da TAP para o verão aposta nos destinos nacionais e “seguros”, com reforço de voos para o Funchal, Porto Santo, Ponta Delgada, Terceira e Cabo Verde. A companhia aérea irá também inaugurar novas rotas para África e Europa, bem como três voos por semana entre Lisboa-Cancun na América Central. Em agosto, planeia operar mais de 870 voos por semana, num total de cerca de 100 rotas.

Estas projeções contam com a evolução positiva da pandemia, expansão da vacinação, que antecipa a abertura de alguns mercados ainda no 2º semestre, nomeadamente Reino Unido e América do Norte e levantamento das restrições à mobilidade das pessoas. Como já sabemos, este cenário pode-se alterar rapidamente em virtude da evolução das restrições e imposições à mobilidade das pessoas”, alertou o CEO.

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