Pagamentos da TAP pelo handling da Groundforce caem para menos de metade em 2020

Montantes pagos pela companhia aérea no ano passado por compras e serviços recebidos da Groundforce totalizaram 43 milhões de euros. Valor representa uma quebra de 59% face a 104,2 milhões em 2019.

Os pagamentos por serviços prestados pela SPdH – Serviços Portugueses de Handling (ou Groundforce como é conhecida comercialmente) à maior cliente, a TAP, afundaram para menos de metade em 2020. A quebra poderá estar relacionada com a redução da atividade da própria TAP devido à pandemia, mas também aos esforços de renegociação de contratos com fornecedores relacionados com o plano de reestruturação.

Foram registados 43 milhões de euros referentes a compras e serviços feitos pela TAP à Groundforce, de acordo com o relatório anual divulgado na semana passada pela empresa liderada por Ramiro Sequeira. O valor representa uma quebra de 59% face aos 104,2 milhões de euros registados em 2019.

“As transações com a SPdH referem-se a serviços de ground handling prestados pela SPdH para suporte a aviões, passageiros, bagagem, carga e correio”, refere a TAP no relatório. Além destas, há também transações em sentido contrário: de vendas e serviços prestados pela TAP à Groundforce — que dizem respeito a questões como medicina no trabalho, por exemplo — e, neste caso, o recuo foi de cerca de 25% para 5,5 milhões de euros em 2020 (face a 7,36 milhões em 2019).

"As transações com a SPdH referem-se a serviços de ground handling prestados pela SPdH para suporte a aviões, passageiros, bagagem, carga e correio.”

Relatório anual da TAP

Apesar de a Groundforce ter uma carteira de clientes superior a 150 companhias aéreas nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo, cerca de 70% da faturação provém do negócio com a TAP. Essa ligação próxima entre as duas empresas causou um efeito em cadeia para a empresa de handling quando a companhia aérea viu o negócio quase paralisar devido às restrições de viagens.

A faturação da Groundforce caiu para 63 milhões de euros em 2020, menos 58% do que os 153 milhões de euros registados em 2019. De lucros de nove milhões de euros antes da pandemia, os resultados da empresa passaram para prejuízos de 25 milhões de euros no ano passado, estando previstos mais 15 milhões de euros este ano.

Da mesma forma, as restantes participadas da TAP — Portugália (PGA), TAP ME Brasil e Cateringpor — também sofreram o impacto da pandemia nos pagamentos recebidos. No total, os gastos da TAP com compras e serviços caíram 50% para 151.340.620 euros em 2020, face a 304.223.537 euros em 2019. Por seu turno, as vendas e serviços prestados pela TAP recuaram apenas 25% para 12 milhões de euros.

Pagamentos a fornecedores caem para metade

Fonte: relatório anual da TAP

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