Aon e WTW faturam 6,1 mil milhões no 1ºT. Aval europeu à fusão está mais perto
Com o projeto de fusão que cria o novo líder global de corretagem de seguros prestes a ser aprovado na União Europeia, Aon e WTW aumentaram receitas 5% no primeiro trimestre.
As corretoras globais Aon e WTW somaram 6,1 mil milhões de receitas no primeiro trimestre (1ºT), indicam números ainda divulgados separadamente pelas empresas, complementados com a notícia de que as autoridades da Concorrência da UE se preparam para aprovar o projeto de combinação (fusão) lançado em março de 2020.
Enquanto reguladores em várias jurisdições (EUA, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e Singapura) mantêm o projeto de fusão sob exame, a agência Reuters (conteúdo de acesso livre) noticiou que a operação está prestes a obter aprovação da DG Concorrência da União Europeia (UE). A perspetiva de ‘luz verde’ na Europa resulta das concessões (desinvestimentos) que as proponentes se comprometeram a fazer e o aval da Comissão Europeia (CE) deverá acontecer ainda em junho, antes de expirar o prazo para uma decisão da autoridade europeia da Concorrência relativamente ao processo de concentração notificado a Bruxelas em novembro de 2020.
Nos termos do acordo negociado para a transação de 30 mil milhões de dólares, após a combinação, os atuais acionistas da Aon serão detentores de 63% e os da WTW terão aproximadamente 37% da nova empresa, numa base de capital totalmente diluída e com valorização estimada em 80 mil milhões de dólares.
Entretanto, há poucos dias, Aon e WTW divulgaram os seus números trimestrais. A Aon Plc, apresentou 3,5 mil milhões de dólares em receita trimestral, mais 10,5% face ao primeiro trimestre de 2020 e a refletir crescimento orgânico de 6%. Segundo comunicado a 30 de abril, o resultado atribuível aos acionistas da companhia irlandesa ascendeu a 913 milhões, a subir mais de 18% em comparação com os 772 milhões de dólares de lucro apurado um ano antes.
Um dia antes, Willis Towers Watson Plc (WTW) apresentou 2,59 mil milhões de dólares em volume de negócios, em crescimento orgânico de 4% face aos primeiros três meses de 2020. O lucro líquido disparou 140%, alcançando 733 milhões, embora com resultado líquido ajustado (de desinvestimentos e amortizações) a situar-se em 474 milhões de dólares (435 milhões em março de 2020), segundo informação divulgada pela companhia.
Somando 6,1 mil milhões de dólares de receita trimestral e crescimento orgânico do conjunto Aon-WTW nos 5%, as perspetivas de aprovação dos reguladores europeus à fusão animaram as conferências telefónicas com analistas.
John Haley, CEO da WTW, disse esperar que aquela fosse a sua última apresentação de resultados (antes da fusão), relata um artigo da S&P Global Intelligence. Por seu lado, Greg Case, CEO da Aon, afirmou que a comparação homóloga dos resultados não está afetada pela pandemia porque o balanço do evento sanitário não está incluído no relatório do 1º trimestre de 2021, complementou a mesma fonte.
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