Insurtech capta financiamento recorde no primeiro trimestre 2021

  • ECO Seguros
  • 9 Maio 2021

Observa-se número crescente de operações de financiamento significativo a startups em fase prematura de desenvolvimento. Next Insurance, Coalition e Zego protagonizaram as maiores rondas.

Com total de 146 operações, as start-ups de inovação tecnológica nos seguros (insurtechs) captaram um total de 2,55 mil milhões de dólares (cerca de 2,1 mil milhões de euros) em financiamento no primeiro trimestre (1ºT) de 2021, a quantia mais elevada de sempre em período equivalente.

O montante de recursos financeiros angariados cresceu 180% face ao 1ºT de 2020, progredindo 22% em comparação com o último trimestre de 2020. O número de operações aumentou 52% em variação homóloga, expandindo 42% sequencial, indica a mais recente edição da série trimestral que a Willis Towers Watson (WTW) dedica ao setor.

De acordo com os números do Quarterly InsurTech Briefing, o trimestre registou igualmente um recorde de mega rondas (operações de montante superior a 100 milhões de dólares), destacando-se oito empresas que representaram 1,13 mil milhões de dólares, 44% do total angariado por insurtechs. Neste seleto de start-ups, tanto se encontram empresas com soluções para os ramos vida e saúde como nos seguros bens e danos (P&C), sendo que as operações para impulsionar empreendimentos de ramos P&C representaram 69% das rondas.

As três rondas de maior montante de financiamento tiveram como protagonistas Next Insurance, Coalition e a Zego. Se a Next Insurance já era considerada unicórnio (designação atribuída às start-ups que superam valorizações de 1 000 milhões), a Coalition e a Zego ascenderam a esse estatuto no primeiro trimestre de 2021.

Nos últimos nove anos, de todo o dinheiro angariado pelo setor Insurtech em cada exercício, só houve quatro anos em que a quantia do ano inteiro foi superior à captação das rondas realizadas só nos primeiros três meses de 2021.

Total anual de financiamento a insurtech

Fonte: WTW – Quarterly Insurtech Briefing 1Q 2021.

As transformações não são instanâneas. As soluções oferecidas pelas insurtechs devem fazer sentido para os utilizadores alvo, quer sejam seguradores, mediadores ou consumidores de seguros. A disrupção nos seguros conquistou ampla legitimidade na comunidade e vive agora “a sua era de aceitação”, sustenta Andrew Johnston, Global Head of InsurTech na Willis Re.

Outro aspeto que realça a consolidação e aceleração da inovação no setor é o número cada vez maior de operações de financiamento significativo em fases mais precoces de desenvolvimento destas start-ups, assinala a corretora e consultora global de risco.

O estudo nota que, em contraste com o registo histórico, em que a captação de quantias mais elevadas acontecia em séries D e E, as rondas de série C (captação de recursos para expansão) representaram a maioria das grandes rondas no período de janeiro a março de 2021.

Quanto ao montante global de financiamento angariado, 60% dos recursos foi angariada em rondas de Série A e B. Por outro lado, embora o EUA se mantenha o principal hub de captação de capital, o trimestre mostrou também o conjunto geográfico mais diversificado de sempre em start-ups nascentes, com um total de 24 países representados, entre os quais, Bangladesh, Brasil, Estónia, Nigéria e Emirados Árabes Unidos.

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