Bancos da Europa e Estados Unidos com posturas diferentes quanto ao regresso ao trabalho presencial
Nos EUA já haverá regresso ao escritório no próximo mês, mas na Europa há mais adeptos do trabalho flexível. Bancos têm também diferentes abordagens quanto aos bónus monetários e contratações.
As abordagens que estão a ser tomadas pelo setor bancário nos Estados Unidos e na Europa quanto a um regresso ao trabalho presencial mostram-se bastante divergentes. Do lado dos americanos quer-se o regresso à normalidade, na Europa a cautela é maior, noticia o Financial Times (acesso pago). Há também diferentes abordagens no setor quanto a bónus monetários e contratação.
As financeiras JPMorgan Chase e Goldman Sachs convocaram todo o pessoal para retomarem a sua atividade normal nos seus escritórios norte-americanos já a partir do próximo mês. Mais, o diretor executivo da JPMorgan, Jamie Dimon, cancelou as reuniões por Zoom na semana passada pois estava “farto” e antecipa que, em setembro ou outubro, seja exatamente como era antes da pandemia de Covid-19.
O mesmo não se verifica em território europeu, com o londrino HSBC e o francês Société Générale a optarem por regressar ao escritório com mais cautela e detendo uma atitude mais descontraída em relação aos modelos de trabalho flexível.
O diretor executivo do banco francês, Frédéric Oudéa, quer que os seus trabalhadores passem apenas 22 horas no escritório e não considera que vá perder negócios por isso. Além do mais, foi ainda feito um acordo com os sindicatos para os colaboradores trabalharem a partir de casa três dias por semana.
Mesmo dentro da mesma empresa as abordagens são diferentes: no escritório do Credit Suisse de Londres não se espera um retorno total até setembro, ao contrário do escritório de Nova Iorque, onde o retorno chegará já em julho.
Bónus e contratações também divergem
Os bancos estão a aumentar os salários dos funcionários mais novos para aliviar o descontentamento numa altura em que os negócios voltaram a aumentar e os funcionários podem ficar sobrecarregados. No UBS Group AG o bónus é de 40 mil dólares (32,8 mil euros) para os jovens analistas que forem promovidos a associados, noticia a Bloomberg.
A proposta do grupo é o dobro do montante que o Credit Suisse ou a Wells Fargo aceitaram dar aos seus banqueiros jovens. Outros financiadores, como HSBC, também pensam em aumentar a renumeração, enquanto que a Houlihan Lokey até ofereceu a alguns trabalhadores férias com todas as despesas pagas.
Porém, o aumento de bónus na UBS vem com um senão: o grupo vai cortar postos de trabalho em diferentes regiões e divisões empresariais, ainda sem números oficiais de quantas pessoas vão sair. Por outro lado, há bancos a reforçar o seu pessoal: JPMorgan quer mais 200 funcionários, e a Goldman Sachs e a Jefferies Financial também querem aumentar o número de trabalhadores.
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