Como a internet tem ajudado a combater a pandemia de Covid-19

  • Tiago Lopes
  • 17 Maio 2021

No Dia Mundial da Internet destacamos seis áreas onde a utilização deste meio foi fundamental para podermos continuar com muitas das nossas rotinas diárias.

O primeiro caso conhecido de Covid-19 no mundo surgiu no dia 17 de novembro de 2019 na província chinesa de Hubei, em Wuhan. Em Portugal, o novo coronavírus surgiu no dia 2 de março de 2020, quando já os alarmes soavam um pouco por toda a Europa, como é o caso de Itália e França, dois dos países que foram mais afetados inicialmente pela pandemia.

Desde então o mundo foi obrigado a uma transformação que levou a muitas alterações nas nossas rotinas. Fomos forçados a um confinamento que levou, já este ano, a um novo “lockdown” que só agora começa a dar os primeiros sinais de um eventual regresso ao chamado normal depois de ter sido iniciado o processo de vacinação que começou nos últimos dias de dezembro de 2020, e conta já com mais de quatro milhões de doses administradas.

O combate à Covid-19 tem sido feito em várias frentes e a internet tem sido uma das ferramentas com um papel de destaque pela a ajuda que deu para substituir rotinas que até então eram maioritariamente presenciais, como o caso da escola, do trabalho, das consultas, das compras e até do convívio entre família e amigos.

No Dia Mundial da Internet destacamos seis áreas onde a utilização deste meio foi fundamental para podermos continuar com muitas das nossas rotinas diárias.

Um quinto da população portuguesa esteve a trabalhar a partir de casa

O teletrabalho tem sido a norma um pouco por todo o mundo depois de ter sido decretado o confinamento para travar o avanço da pandemia de Covid-19. Em Portugal é a esta a realidade que perdura desde meados de janeiro, altura em que arrancou o confinamento geral.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), foram perto de um milhão de pessoas que trabalharam “sempre ou quase sempre a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação”. Este regime de prestação de trabalho “abrangeu 20,7% do total da população empregada” no primeiro trimestre deste ano.

Milhares aprendem à distância

No dia 12 de março de 2020 António Costa anunciava o fecho de todas as escolas a partir do dia 16 de março como medida para retardar a propagação do novo coronavírus, à semelhança do que já tinha acontecido como a maioria dos sistemas educativos europeus.

No seguimento desta decisão milhares de alunos tiveram de adaptar-se ao ensino à distância, em substituição do ensino presencial, repetindo-se a experiência neste segundo confinamento. Também aqui a internet foi fundamental para que fosse possível que os alunos dos vários anos de escolaridade conseguissem continuar a sua aprendizagem.

Teleconsultas quase duplicaram no último ano

Com os hospitais a direcionarem a maior parte dos seus recursos para o combate à pandemia de Covid-19, muitas consultas que já estavam agendadas tiveram de ser adiadas ou substituídas por teleconsultas.

Segundo um estudo da Associação Portuguesa de Telemedicina, as teleconsultas quase que duplicaram no último ano. Só no verão do ano passado, 94 por cento dos médicos do SNS fizeram o atendimento à distância, devido aos riscos de contágio de Covid-19.

A chamada telefónica foi o meio mais utilizado para as teleconsultas, sendo que apenas 8% dos médicos optaram pela videochamada. O mesmo estudo concluiu ainda que antes da pandemia o país não estava preparado para esta alternativa às consultas presenciais.

Mensagens, videoconferências, jogos e cinema

Com o isolamento social a que a pandemia do coronavírus obrigou começaram a aparecer alternativas para continuar a socializar através de várias aplicações, quer de videoconferência, de troca de mensagens ou de jogos. Também aqui a internet desempenhou mais uma vez um papel fundamental para que as pessoas pudessem manter o contacto.

Aplicações que normalmente eram utilizadas em contexto profissional, como o Zoom, o Google Meet ou o Skype, passaram a ser utilizadas para manter a proximidade com amigos e família. A aplicação Houseparty foi uma das que mais destaque ganhou no início da quarentena, tendo rapidamente chegado ao topo das aplicações mais descarregadas para Android e iOS.

Também a Netflix criou uma extensão para o Google Chrome chamada Netflix Party que permite criar sessões de cinema ao enviar um link a vários utilizadores da plataforma para sincronizarem e verem um filme juntos, como se estivessem na mesma sala.

Entregas ao domicílio aumentam

As entregas ao domicílio de refeições e de compras foi outro nicho de mercado que cresceu exponencialmente com o aparecimento da pandemia do coronavírus.

Se por um lado os clientes conseguiram continuar a fazer as suas compras em segurança, também as grandes cadeias de distribuição e os restaurantes conseguiram continuar a sua atividade, garantindo desta forma a viabilidade dos seus negócios. Serviços com a Uber Eats ou a Glovo tiveram um crescimento significativo durante a pandemia através das encomendas registadas nas suas plataformas.

A Glovo, por exemplo, registou um crescimento das receitas na ordem dos 940% e o número de utilizadores cresceu 517%.

Combate à desinformação

O aparecimento da pandemia veio acelerar o combate contra as notícias falsas. Gigantes tecnológicos como a Google, Facebook, YouTube ou o Twitter uniram esforços para mais do que nunca combaterem informações falsas.

As informações falsas que têm circulado online incluem alegações sobre possíveis curas para a Covid-19, as origens do surto e as respostas das autoridades à pandemia.

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