ECDC classifica variante da Índia como “variante de preocupação”

O ECDC reclassificou a variante B.1.617.2, associada à Índia, de "variante de interesse" para "variante de preocupação", informou o organismo no Twitter.

O Centro Europeu para o Controlo de Doenças (ECDC na sigla em inglês) reclassificou a variante B.1.617.2, associada à Índia, de “variante de interesse” para “variante de preocupação”, informou o organismo no Twitter.

Ao mesmo tempo, o ECDC explica que esta reclassificação foi feita, na sequência de um relatório divulgado a 11 de maio e que apresenta a visão geral sobre as novas variantes que levantam preocupações (VoC) e as variantes de interesse (VoI).

Assim, neste momento a entidade indica que a variante B.1.1.7, descoberta em setembro de 2020 no Reino Unido, é uma das que gera preocupação, e que já foi combinada com a E484K, também associada ao Reino Unido e identificada em dezembro do ano passado. Além disso, na lista “negra” estão também a B.1.351, variante associada à África do Sul e a P.1, a variante do Brasil, descoberta também em dezembro.

Assim, a variante B.1.617.2, associada à Índia e detetada em dezembro do ano passado, passa agora a integrar a lista de mutações que geram preocupação. Apesar de ainda estar sob investigação, sabe-se que é constituída por duas mutações: a E484Q e a L452R. Contudo, nenhuma delas é completamente desconhecida dos especialistas: a primeira, mais comum, é semelhante a uma mutação verificada nas variantes de Manaus e da África do Sul, ao passo que a segunda já foi observada na variante da Califórnia.

Os especialistas apontam que esta variante parece ser mais contagiosa que as já identificadas, o que terá contribuído para o aumento de casos exponencial na Índia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) esta variante já foi detetada em, pelo menos, 53 países e territórios. Em Portugal há já 10 casos associados a esta variante, de acordo com o relatório que monitoriza as linhas vermelhas para a Covid-19 elaborado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado na passada sexta-feira.

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