Groundforce está a contratar 75 pessoas para Lisboa e Faro

Mobilidade interna, passagem de part-time a tempo inteiro e contratações vão servir para a Groundforce responder à forte procura de britânicos pelo sul do país.

A Groundforce está a contratar para aproveitar a retoma do turismo. São 75 posições para os aeroportos de Lisboa e de Faro para vários cargos na empresa de handling, segundo apurou o ECO. O objetivo é que as posições sejam preenchidas no próximo mês de junho, sendo que, em julho, poderá haver um novo reforço.

A atividade da aviação iniciou o caminho da retoma em abril, uma tendência que vai permitir à Groundforce pagar a maior parte (85% agora e o resto daqui a duas semanas) dos salários de maio no prazo previsto, segundo informou esta quarta-feira a gestão da empresa aos trabalhadores. Apesar do pedido de insolvência de que é alvo e das dificuldades financeiras, a empresa de Alfredo Casimiro espera que a retoma da atividade se mantenha.

Na mesma reunião, foi dito aos trabalhadores, que será possível pagar salários (e regularizar pagamentos em atraso referentes a feriados de abril), impostos e alguns fornecedores a partir de junho. Em simultâneo, a empresa — que perdeu mil trabalhadores para aos atuais 2.400 devido à pandemia — vai contratar. Só em junho serão 75 pessoas.

A maioria são para Lisboa, onde se espera um reforço de 63 posições: 55 operadores de assistência em escala e oito motoristas de autocarros. Já para Faro, o objetivo é responder especialmente ao aumento da procura por turistas britânicos, no seguimento da entrada de Portugal na lista verde do Reino Unido. Nesse aeroporto, há 12 vagas, das quais 5 para operadores de assistência em escala e sete técnicos de tráfego e assistência em escala.

A par dos contratados, a empresa de handling abriu um programa de mobilidade interna, com o qual serão transferidos cinco trabalhadores para Faro e outros cinco para Porto Santo, na Madeira. Também a Sul, os funcionários que estavam a part-time vão ver o número de horas trabalhadas passar a tempo inteiro. Em julho, poderá haver mais contratações, que estão dependentes das restrições à aviação e da evolução da situação pandémica.

Novo apoio pode dar 3 milhões de euros à Groundforce

A empresa de handling anunciou ainda aos trabalhadores que vai deixar de recorrer ao apoio à retoma progressiva por implicar reduções de tempo de trabalho numa altura de recuperação da atividade. Assim, os funcionários da Groundforce voltam, em junho, a cumprir 100% dos horários. Em alternativa, a empresa vai pedir o incentivo extraordinário à normalização, que foi relançado na semana passada pelo Governo.

Este apoio pode ser pedido por empregadores de natureza privada que tenham beneficiado, no primeiro trimestre de 2021, do lay-off simplificado ou do apoio à retoma, desde que tenham, entretanto, saído desses regimes. São pagos dois salários mínimos (1.330 euros) por trabalhador que tenham estado, pelo menos, 30 dias em lay-off simplificado ou no apoio à retoma em 2021.

Foi o caso da generalidade dos trabalhadores da Groundforce, pelo que o apoio poderá superar os três milhões de euros. O montante será pago em duas tranches ao longo de seis meses e virá acompanhado de um desconto de 50% nas contribuições sociais dos patrões relativas a esses trabalhadores, como a TSU, durante dois meses, o que dará um apoio adicional.

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