Na Europa, ninguém é mais a favor da UE que os portugueses

91% dos portugueses são, de um modo geral, a favor da UE e 84% tem uma imagem positiva da instituição. Portugueses querem UE a combater crises e medidas para criar empregos.

Na Europa, ninguém é mais a favor da União Europeia (UE) que os portugueses, mostra o Eurobarómetro do Parlamento Europeu divulgado esta quarta-feira. No geral, a imagem da UE é positiva para a larga maioria dos europeus, mas o destaque vai para os portugueses, apesar das alterações que fariam ao modelo europeu.

Segundo o Eurobarómetro, 91% dos portugueses são, de um modo geral, a favor da UE e 84% tem uma imagem positiva do bloco. O que contrapõe com 70% e 48%, respetivamente, do geral dos europeus. Ambas as percentagens metem os portugueses a liderar no que diz respeito ao apoio ao bloco europeu.

Porém, apenas um terço dos portugueses concorda com o atual modelo europeu. Apesar do apoio, “mais de metade dos portugueses (58%) e quase metade dos europeus (47%) declaram-se de certa forma a favor da UE, mas não da forma como tem sido concretizada até agora”.

Para chegar a estes dados foram entrevistadas mais de 26 mil pessoas, das quais 1.035 em Portugal entre 19 de março e cinco de abril.

Quais devem ser as prioridades da UE?

A vacinação é a primeira prioridade, quer dos portugueses, quer dos restantes europeus, o que pode ser um fruto do tempo vivido (especialmente à data em que os inquéritos foram feitos) em que se aproxima a vacinação da maioria dos europeus.

“A segunda prioridade para os portugueses é investir mais dinheiro na economia para uma recuperação sustentável e justa em todos os Estados-membros da UE (43%). Segue-se estabelecer uma estratégia europeia para enfrentar uma crise semelhante no futuro (36%).”

Ambas as prioridades podem ser consideradas sintomas das crises já vividas pelos portugueses, quer agora durante a pandemia (36% dos inquiridos em Portugal já viram o seu rendimento pessoal afetado pela pandemia e 38% prevê que venha a acontecer), quer durante a grande crise financeira de 2008/2009.

Quando questionados, concretamente, sobre as prioridades para o Parlamento Europeu, os portugueses querem mais medidas para apoiar a economia e criar empregos (60%), bem como medidas para combater a pobreza e a exclusão social (57%). Porém, a nível europeu a prioridade é a saúde pública, fruto da época vivida, em plena pandemia de Covid-19.

Resposta da UE à Covid-19

A maioria dos portugueses e dos europeus conhecem as medidas aplicadas no seu país e a nível europeu. Em Portugal mais de metade (53%) dos inquiridos está satisfeito com as medidas, mas na Europa apenas 48% dos está satisfeito.

Quanto à solidariedade entre Estados-membros, 44% dos europeus e 58% dos portugueses mostraram-se satisfeitos.

A nível nacional, a maioria dos europeus considera que, apesar do impacto financeiro da pandemia, “os benefícios para a saúde, resultantes das restrições no seu país, compensam os prejuízos económicos que estas medidas possam causar”. Esta opinião é partilhada por 61% dos portugueses que responderam ao inquérito.

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