Empresa portuguesa lança teste que mede anticorpos à Covid

Lançado pela Biosurfit, o "spinit covid antibody" permite uma medição quantitativa dos anticorpos contra a Covid através de uma picada no dedo. Tem resultados em 20 minutos e vai custar 34,90 euros.

Chama-se “spinit covid antibody”, é português e permite uma medição quantitativa da presença anticorpos contra a Covid-19 através de uma picada no dedo. Lançado pela Biosurfit há cerca uma semana, este teste é semelhante a um teste laboratorial, sendo que uma das maiores vantagens é apresentar resultados em apenas 20 minutos. Além de ser comercializado pelos distribuidores, este teste vai estar disponível a partir de julho, nas unidades móveis da empresa na região de Lisboa e do Algarve. Vai custar 34,90 euros.

A ideia surgiu em abril do ano passado e o objetivo é claro: permitir uma “monitorização eficiente dos níveis de anticorpos” contra o novo coronavírus de uma forma “simples e precisa”, por forma a que as pessoas vacinadas ou recuperadas da doença consigam “avaliar o risco de possíveis reinfeções” e a eficácia das vacinas, explicam João Garcia da Fonseca, chairman e a administrador da Biosurfit, e Rosa Santos, CEO da empresa, em resposta às questões colocadas pelo ECO.

Para tal, a empresa especializada na produção de testes rápidos ao sangue e sediada na Azambuja decidiu apostar na tecnologia spinit, que permite também monitorizar a evolução de outras doenças, como é o caso da diabetes tipo II, e aplicá-la à Covid. Assim, o teste permite “a medição do nível de anticorpos específicos da zona S1/S1&RBD da proteína spike do vírus SARS-Cov-2”, é quantitativo e tem “resultados semelhantes” aos testes realizados em laboratórios, mas “em cerca de 20 minutos e com apenas uma gota de sangue”, assinalam.

Além da rapidez e da simplicidade na realização do teste, que está registado pelo Infarmed, a empresa acredita que uma das grandes vantagens da sua realização é permitir uma “medição sistemática”, dos níveis de anticorpos o que “poderá identificar as pessoas para as quais a vacinação com a dose standard não foi suficientemente eficaz”. Neste âmbito importa sublinhar que ainda não há dados científicos concretos sobre a duração da imunidade concedida pelas vacinas, já ainda não passou tempo suficiente para os cientistas retirarem conclusões mais aprofundadas. Nesse contexto, e uma vez que há já casos conhecidos de pessoas vacinadas que contraíram a doença, a Pfizer anunciou na terça-feira que vai avançar com um estudo com enfoque em grupos de pessoas já inoculadas para saber se é necessária uma dose de reforço.

Certo é que a resposta do sistema imunitário varia de pessoa para pessoa, pelo que as evidências científicas apontam também que a diminuição da presença de anticorpos, adquirida através da exposição natural ou por vacinação, é também variável. Nesse sentido, outra das vantagens apontadas pelo chairman e pela CEO da Biosurfit é o facto de esta medição quantitativa permitir “identificar as pessoas em risco de perda de imunidade ainda a tempo de se poder atuar”.

“Haverá pessoas que terão proteção durante poucos meses e outras durante muitos meses ou anos. Este teste permite essa monitorização”, sinalizam ao ECO, reiterando ainda que este teste vai permitir “uma avaliação do risco”.

Com o ritmo de vacinação a aumentar em Portugal, a empresa da Azambuja acredita que “dentro de pouco tempo” a utilização destes testes vai entrar “na rotina” dos portugueses, “em particular para grupos de pacientes de maior risco”.

Lançado pela Biosurfit há cerca uma semana, este teste vai ser comercializado por distribuidores e “estará disponível” ao consumidor final “nas unidades móveis” na região de Lisboa (Azambuja, Cascais, Correios, Portela/Moscavide e Telheiras), bem como no Algarve (Quarteira), a partir do mês de julho e por um custo de 34,90 euros. Além disso, está também disponível noutros mercados europeus onde a empresa tem presença como na República Checa, Holanda e Espanha.

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