43% dos portugueses satisfeitos com telemedicina mas só 18% usaram
Foi um dos serviços que as seguradoras portuguesas mais incentivaram logo no início da pandemia e estudo da Cetelem indica que os consumidores nacionais querem recorrer mais a ela no futuro.
Cerca de 43% dos portugueses estão satisfeitos com a qualidade da telemedicina existente no país e são, entre os europeus, os que mais querem recorrer à telemedicina no futuro, revelou um estudo pela Harris Interactive para o Barómetro Europeu do Observador Cetelem, marca do Banco BNP Paribas Personal Finance especializada em crédito ao consumo.
Segundo o estudo, a telemedicina assumiu um papel crucial na prestação de cuidados médicos à população, nestes tempos de pandemia. A flexibilidade e facilidade de acesso a vários atos médicos, sem ser necessário a deslocação a uma unidade de saúde, levam a que cada vez mais pessoas recorram a este serviço.
O Barómetro Europeu do Observador Cetelem revela que 18% dos portugueses inquiridos, e 21% dos europeus, já experimentaram este serviço e vão continuar a fazê-lo. Entre os portugueses que ainda não recorreram à telemedicina, são cerca de 50% os que admitem querer utilizá-lo no futuro, mais 13 pontos percentuais face à média europeia (37%).
Apesar de os cidadãos terem recorrido mais à telemedicina, ainda estão céticos em relação a este serviço, sendo que apenas 43% dos portugueses estão satisfeitos com a qualidade da telemedicina no país, um valor próximo da média dos 15 países europeus (45%) onde se realizou o inquérito.
Quando questionados sobre as mais-valias da telemedicina, 62% dos portugueses (58% dos europeus) consideram que o seu desenvolvimento é bom para os profissionais de saúde e para os pacientes (50% respetivamente). 56% dos europeus também consideram que os governos têm feito um bom trabalho no apoio e desenvolvimento da telemedicina, estando Portugal no quarto lugar dos países que mais concordam com esta afirmação (65%).
Apesar de a maioria dos portugueses, e dos europeus, associarem termos negativos à vida sem contacto impulsionada pela Covid-19, a área da saúde e segurança é a única onde os inquiridos veem mais benefícios na utilização de soluções tecnológicas (44%), sendo os portugueses os mais otimistas quanto aos benefícios nesta área (63%).
O inquérito quantitativo aos consumidores foi conduzido pela Harris Interactive em 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Eslováquia e Suécia. Foram realizados inquéritos online num total de 14 200 indivíduos.
Entre os países onde foi realizado o inquérito, Polónia (30%), Reino Unido (28%) e Suécia (27%) são os três onde mais inquiridos confirmaram já terem utilizado a Telemedicina. Bulgária (7%), Bélgica (8%) e Eslováquia (9%) estão entre os países com menos adesões.
Para os Suecos (64%), a telemedicina está mais do que aprovada, e a maioria dos Britânicos (55%), Franceses (53%) e Alemães (51%) também demonstra estar bastante satisfeita. Países como a Roménia (28%), Hungria (28%) e Bulgária (17%) são os mais críticos.
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