Preço das rendas sobe 5,5%, mas cai em Lisboa e Porto
Apesar da pandemia as rendas das casas subiram 5,5% face ao primeiro trimestre de 2020 para uma média de 5,80 euros por metro quadrado. Em Lisboa, Porto e mais alguns concelhos o valor caiu.
Apesar da pandemia, as rendas da habitação continuam a subir, como mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística divulgados esta terça-feira. Se no final de 2020 a média nacional era de 5,61 euros por metro quadrado, este valor subiu para 5,80 euros no primeiro trimestre de 2021. Houve um aumento homólogo de 5,5%, superior ao registado no trimestre anterior, mas os preços não subiram em todos os concelhos. Em Lisboa e no Porto assistiu-se a uma quebra face aos valores praticados há um ano.
Entre janeiro e março foram celebrados 19.472 novos contratos de arrendamento em Portugal, um número inferior aos 20.830 do período homólogo o que resultou numa média de 5,80 euros por metro quadrado. Se olharmos para a variação em cadeia representa um aumento de 0,5%, mas face ao período homólogo é um crescimento de 5,5%, como indicam os dados provisórios do gabinete nacional de estatística.
Rendas caem em Lisboa e Porto
Ao olharmos para as regiões do país (NUTS nível III), no primeiro trimestre de 2021 o valor da renda aumentou em 17 das 25 regiões em comparação com o mesmo trimestre de 2020. Os maiores aumentos foram registados em Terras de Trás-os-Montes (+27,1%), Alto Minho (+11,2%) e Viseu Dão Lafões (+9,4%).
E entre estas sub-regiões, há quatro que registam valores superiores à média nacional: Área Metropolitana de Lisboa, Área Metropolitana do Porto, Algarve e Madeira. Destas, no Algarve e na Madeira houve uma redução do preço das rendas.
Mais ao pormenor, o INE analisou os municípios com mais de 100 mil habitantes em todo o território nacional. São 24 municípios, em dez dos quais o preço das rendas diminuiu. O INE destaca “com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados [do que a média nacional] e com diminuição nos valores de rendas,
os municípios de Lisboa (10,99 €/m2 e -9,2%), Porto (8,30 €/m2 e -6,7%), Oeiras (9,62 €/m2 e -6,2%), Odivelas (8,07 €/m2e -3,1%) e Almada (8,29 €/m2 e -1,1%). Em sentido inverso, com aumento dos valores de rendas, refira-se Cascais (10,49 €/m2 e +0,7%). A Amadora registou uma taxa nula”.
Aliás, o o gabinete estatístico explica que “no primeiro trimestre de 2021 (dados provisórios), a taxa de variação homóloga nas duas áreas metropolitanas [Lisboa e Porto] passou a ser claramente inferior à verificada no país”.
Ainda assim, em quatro municípios houve um aumento dos preços superior à média nacional (três deles nas áreas metropolitanas). Os concelhos em que houve um crescimento do valor da renda foram Gondomar (+12,0%), Guimarães (+9,8%), Loures (+7,6%) e Santa Maria da Feira (+8,3%), “neste último caso num contexto em que se reduziram substancialmente o número de novos arrendamentos”.
Também Sintra, Cascais, Barcelos, Vila Nova de Famalicão, Coimbra, Seixal, Setúbal e Vila Franca de Xira registaram aumentos no preço das rendas, mas abaixo da média nacional.
(Notícia atualizada às 11h41)
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