Montante dos créditos em moratória baixa para 38,5 mil milhões

Dados do Banco de Portugal mostram que o valor dos empréstimos em moratória baixou quase 20% desde o pico atingido em setembro do ano passado. Centeno recusou dramatismos com fim das moratórias.

O crédito bancário em situação de moratória baixou cerca de 1,2 mil milhões de euros em maio face ao mês anterior, para um montante total de 38,5 mil milhões, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Trata-se de uma redução de 20% desde do pico atingido em setembro do ano passado.

No Parlamento, o governador Mário Centeno voltou a recusar qualquer dramatismo em relação ao fim da moratória pública, cujo regime expira em setembro. “Não devemos fazer disto uma situação dramática pois estamos longe deste dramatismo mas não devemos descurar”, afirmou esta quarta-feira em sede de audição na comissão de orçamento e finanças.

Segundo as estatísticas do supervisor, a redução verificada em maio resultou “do decréscimo tanto dos empréstimos concedidos a particulares como dos concedidos a sociedades não financeiras, que diminuíram 500 milhões e 700 milhões de euros, respetivamente.

Em relação aos empréstimos às famílias, o Banco de Portugal dá conta de uma redução de 300 milhões de euros do valor em moratória no que diz respeito aos financiamentos para outras finalidades (isto é, excluindo os contratos da habitação). Nas moratórias hipotecárias, a redução foi de apenas 179 milhões de euros.

Por outro lado, nos empréstimos em moratória a empresas, verificou-se um decréscimo em “todos os setores de atividade”, sendo que os setores do alojamento e restauração e do transporte e armazenagem tiveram reduções marginais.

De acordo com o Banco de Portugal, os setores mais vulneráveis tinha em maio 24,1 mil empresas abrangidas por moratórias, com montante de empréstimos com pagamento suspenso a ascender a 8,5 mil milhões de euros, depois de uma redução de 100 milhões em maio.

Centeno disse aos deputados que é importante continuar a apoiar estas empresas dos setores mais afetados pela pandemia. “Fizemos análise muito detalhada, empresa a empresa, sobre a situação financeira das empresas e para mim é muito claro que deve haver uma adaptação das medidas. “Para os setores mais afetados e vulneráveis deve haver um conjunto de medidas que sejam temporárias, focadas, e que permitam uma transição gradual após fim das moratórias, que permitam às empresas honrar o cumprimento da dívida”, afirmou o governador no Parlamento.

(Notícia atualizada)

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