Bancos aumentaram ligeiramente restrições ao crédito

Análise mais criteriosa coincidiu com um período de ligeira redução da procura por financiamento, tendência que deverá manter-se nos próximos três meses.

Os bancos tornaram-se ligeiramente mais restritivos na concessão de financiamento durante o segundo trimestre deste ano, por causa do contexto adverso provocado pela pandemia do novo coronavírus. A análise mais criteriosa coincidiu com um período de ligeira redução da procura por financiamento, tendência que deverá manter-se nos próximos três meses.

Registou-se, no segundo trimestre, um “aumento muito ligeiro da restritividade no crédito a empresas, transversal ao tipo de empresa e à maturidade do empréstimo, e praticamente sem alteração no crédito a particulares”, revela o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado pelo Banco de Portugal.

A explicação para estes maiores entraves esteve na “perceção de riscos associados à situação e perspetivas de setores ou empresas específicos”, refere o supervisor, salientando que no caso das empresas “a perceção de riscos e a tolerância aos riscos, sobretudo em empréstimos de maior risco, contribuíram para o aumento da restritividade”.

Esta maior restritividade verificou-se num período marcado por “uma ligeira diminuição da procura, em particular por empréstimos de curto prazo” pelas empresas. Isto em resultado da “redução das necessidades de financiamento de fusões/aquisições e restruturação empresarial e, em menor grau, das necessidades de financiamento de investimento e de refinanciamento/reestruturação e renegociação da dívida”.

No caso das famílias, assistiu-se as um “aumento ligeiro no crédito à habitação e avaliação heterogénea por parte dos bancos no crédito ao consumo resultando, em média, num aumento muito ligeiro da procura”, diz o Banco de Portugal.

As expectativas em termos de procura são diferentes entre empresas e famílias. “No crédito a empresas, avaliação muito heterogénea por parte dos bancos, mantendo-se a procura globalmente inalterada”, enquanto no “crédito a particulares, destaca-se a expectativa de ligeiro aumento da procura para consumo e outros fins”.

(Notícia atualizada às 12h28 com mais informação)

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