BE mantém prioridades para OE2022 e critica política de mínimos que “saiu muito cara ao país”

"O que dizíamos há um ano mantém-se como urgente e por isso não temos outra solução se não voltar a apresentar as mesmas prioridades", diz Catarina Martins.

A política de mínimos saiu muito cara ao país, porque fez com que se adiassem sempre investimentos necessários”, disse Catarina Martins, acusando o Executivo de não ter preparado a segunda, terceira e quarta vaga da pandemia. A líder do Bloco de Esquerda avança que o partido vai voltar a apresentar as mesmas prioridades — Saúde, Proteção Social e Trabalho — nas negociações para o Orçamento do Estado de 2022 (OE2022).

“Cada vez que se adiam esses investimentos Portugal fica com um enorme problema sanitário, social e económico”, acrescentou a líder do Bloco de Esquerda, em declarações transmitidas pelas televisões. Catarina Martins alerta que “fazer de conta que este não é um problema prolongado, fazer de Portugal o país que menos gastou na resposta à pandemia não faz nenhum bem à economia nem às contas públicas”, vaticinou.

Questionada sobre as prioridades do Bloco de Esquerda para o OE2022, Catarina Martins foi perentória: “A vida demonstrou que o Orçamento do Estado para 2021 não respondeu ao necessário. O que dizíamos há um ano mantém-se como urgente e por isso não temos outra solução se não voltar a apresentar as mesmas prioridades — Saúde, Proteção Social e Trabalho”.

O Bloco de Esquerda vai reunir em breve com o Executivo para discutir o próximo Orçamento, tal como os outros partidos que viabilização o Orçamento anterior (PCP, PAN e deputadas não inscritas). A principal crítica tem sido de que o Executivo ainda não cumpriu as medidas acordadas no atual Orçamento. Para acelerar as negociações, o Governo já elaborou mesmo uma lista com as medidas já executadas — 34 até 15 de julho — e as que ainda se compromete a levar a cabo.

O Governo começou na semana passada a fazer o ponto de situação com os partidos sobre a execução do Orçamento do Estado em vigor, o qual servirá de ponto de partida para as negociações do próximo que vão arrancar depois do Estado da Nação. Após ter conseguido aprovar dois Orçamentos de emergência durante a pandemia, o OE2022 terá outra filosofia (de retoma da economia), vários milhares de milhões vindos da União Europeia e ainda será sem obrigação de cumprir as regras orçamentais, o que dá ainda menos motivos para haver roturas. Porém, a secretária de Estado do Orçamento já avisou a esquerda de que não se pode perder o foco das regras.

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