Dados do emprego “impressionantes” mostram “vitalidade da economia”
Siza Vieira diz que dados do emprego do segundo trimestre "são impressionantes". Já para Mendes Godinho, números mostram que apoios "foram fundamentais" para segurar os postos de trabalho.
O ministro da Economia considera “impressionantes” os dados do emprego divulgados esta quarta-feira, que provam a “vitalidade da economia” portuguesa. Em reação aos mesmos dados, a ministra do Trabalho destaca a importância dos vários apoios extraordinários que foram criados na preservação do emprego durante a atual crise. O INE deu conta de que, no segundo trimestre, a população empregada ultrapassou os níveis pré-pandemia.
“O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou os números do emprego do segundo trimestre de 2021 e os resultados são impressionantes. A população empregada em Portugal, neste período, é um máximo histórico e ultrapassou mesmo os valores do segundo trimestre de 2019“, frisa Pedro Siza Vieira, numa mensagem em vídeo partilhada com os jornalistas.
Por sua vez, num comunicado, Ana Mendes Godinho sublinha que “estes números mostram, uma vez mais, que os apoios extraordinários que foram criados para apoiar as empresas e o rendimento dos trabalhadores foram fundamentais para preservar o emprego durante a crise provocada pela pandemia”.
De acordo com a nota estatística do INE, entre abril e junho, a população empregada fixou-se em 4.810,5 mil pessoas, mais 2,8% do que no trimestre anterior, mais 4,5% do que no período homólogo de 2020 e mais 0,8% do que no segundo trimestre de 2019. O Ministério do Trabalho salienta que esse valor registado no segundo trimestre é o mais elevado desde 2011. É o “valor mais alto da última década“, enfatiza mesmo o gabinete de Mendes Godinho.
Em comparação com os primeiros três meses do ano, o INE indicou que as maiores variações positivas na população empregada foram registadas entre as mulheres, as pessoas dos 55 aos 64 anos, os indivíduos com um nível de escolaridade completo correspondente ao ensino superiores, as empregadas no setor dos serviços (com destaque para as atividades de alojamento, restauração e similares), as pessoas a trabalhar por conta de outrem, as pessoas com contrato sem termo e as empregadas a tempo completo.
Daí que o ministro da Economia destaque também, na sua mensagem em vídeo, que “o setor dos serviços, o mais afetado pela pandemia, criou só por si mais de 100 mil empregos, dos quais 25 mil no alojamento, restauração e similares”. Siza Vieira remata sublinhando que a “capacidade de criação de emprego é um sinal de vitalidade da economia“.
No segundo trimestre do ano, a taxa de desemprego fixou-se em 6,7%, menos 0,4 pontos percentuais do que no período compreendido entre janeiro e março, mas mais um ponto percentual do que no período homólogo de 2021. Também a taxa de subutilização do trabalho caiu, fixando-se em 12,3%.
Entre abril e junho, Portugal viveu um processo de desconfinamento progressivo, que devolveu algum ânimo à economia e ao mercado laboral, o que ajuda a explicar os dados divulgados, esta quarta-feira, pelo INE.
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