Wall Street quebra ciclo de ganhos ao cair quase 1%

Após cinco sessões de ganhos, o Dow Jones e o S&P 500 fecharam em terreno negativo esta terça-feira. A "culpa" é da contração das vendas no retalho em julho nos EUA.

Os três principais índices norte-americanos desvalorizaram na sessão desta terça-feira, penalizados pela queda das vendas no retalho e pelo receio de que a retoma económica esteja a desacelerar a nível mundial.

O Dow Jones perdeu 0,79% para os 35.343,28 pontos e o S&P 500 cedeu 0,71% para os 4.448,08 pontos, tendo ambos os índices interrompido um ciclo de cinco sessões de ganhos. O S&P 500 fechou esta segunda-feira com o dobro dos pontos que tinha no mínimo alcançado no início da pandemia, o que tornou este bull market no mais rápido desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial. Tanto o Dow como o S&P fecharam em máximos históricos na sessão anterior.

O Nasdaq, que já tinha caído na sessão anterior, voltou a desvalorizar: o índice tecnológico perdeu 0,93% para os 14.656,18 pontos. As grandes tecnológicas norte-americanas como a Alphabet (Google), Amazon, Apple e Facebook negociaram em terreno negativo esta terça-feira.

A pesar no sentimento dos investidores estiveram os dados das vendas ao retalho nos Estados Unidos. As vendas caíram significativamente mais do que o esperado em julho — uma queda de 1,1% face aos esperados 0,3% — por causa da falta de automóveis e outros bens, assim como por causa do menor consumo privado devido ao receio da variante Delta.

As cotadas mais penalizadas foram as maiores retalhistas norte-americanas. A Home Depot desceu mais de 4%, após ter revelado que as suas vendas falharam as estimativas pela primeira vez em sete trimestres. Já a Walmart escapou, com as suas ações a subirem depois de a maior retalhista do mundo ter aumentado a sua previsão para as vendas em 2021 nos EUA.

A contrariar a tendência negativa estiveram as cotadas da saúde cujo índice setorial atingiu um novo recorde. A United Health, a Merck e a Johnson&Johnson valorizaram nesta sessão.

As bolsas arrancaram a terceira semana de agosto com o pé esquerdo devido aos dados económicos abaixo do esperado na China e, agora, nos Estados Unidos. A maior cautela levou os investimentos para zonas mais defensivas do mercado como a dívida pública.

O foco está agora nas minutas da última reunião da Reserva Federal que vão ser divulgadas esta quarta-feira. Os investidores aguardam por sinais depois de o presidente da Fed de Boston, Eric Rosengren, ter dito que mais um mês de dados fortes no mercado de trabalho pode satisfazer os requisitos do banco central para começar a redução das compras mensais de ativos que iniciou por causa do impacto da pandemia.

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