Endividamento da economia atinge recorde de 762,5 mil milhões de euros em junho

O endividamento dos cidadãos, empresas e Estado subiu cinco mil milhões de euros em junho, atingindo um total de 762,5 mil milhões de euros. É um novo recorde.

O endividamento da economia portuguesa (todos os agentes económicos exceto a banca) subiu cinco mil milhões de euros em junho, face a maio, fixando-se nos 762,5 mil milhões de euros, segundo os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira. Este é um novo recorde para a dívida dos cidadãos, Estado e empresas em Portugal.

No final do primeiro semestre de 2021, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 762,5 mil milhões de euros, dos quais 350,5 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 412,0 mil milhões de euros ao setor privado“, revela o banco central na nota de informação estatísticas.

A maior parte do aumento do endividamento entre maio e junho deveu-se ao acréscimo de dívida do setor público não financeiro, passando de 346,4 mil milhões de euros para os 350,5 mil milhões de euros. Em junho, o IGCP foi ao mercado para endividar-se em mil milhões de euros a médio e longo prazo e em 1,25 mil milhões de euros a curto prazo.

Endividamento é maior no setor público, seguido das empresas e depois particulares

Fonte: Banco de Portugal.

Desde o início do ano, o endividamento da economia portuguesa acumula um aumento de 14,1 mil milhões de euros. “Esta subida deveu-se aos aumentos de 8,1 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 6,0 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”, detalha o Banco de Portugal.

O banco central explica ainda que “o incremento do endividamento do setor público resultou, sobretudo, dos acréscimos registados no endividamento junto do setor financeiro (4,4 mil milhões de euros) e no endividamento perante o exterior (3,0 mil milhões de euros)”. Dentro do setor privado, as empresas viram o seu endividamento subir quatro mil milhões de euros enquanto os particulares registam um aumento de dois mil milhões de euros.

Em termos percentuais, face ao PIB, o endividamento da economia fechou o primeiro trimestre de 2021 nos 375,71%, em máximos do segundo trimestre de 2017 (378%). Como o PIB cresceu no segundo trimestre, é expectável que o rácio possa ter caído, mas o Banco de Portugal ainda não atualizou os dados.

O rácio do endividamento tinha vindo a cair nos últimos anos, mas essa trajetória foi interrompida pela pandemia. A crise pandémica levou a um maior endividamento para amparar o impacto das restrições económicas, mantendo os agentes económicos à tona.

(Notícia atualizada às 11h33 com mais informação)

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