Número de candidatos lusófonos a ensino superior em Portugal já subiu 26%, diz Governo
O número de candidaturas a instituições portuguesas por estudantes lusófonos subiu 26%, para mais de 7.600 até agora. Governo acredita que esse número pode duplicar até setembro.
O número de candidaturas a instituições portuguesas por estudantes lusófonos subiu 26%, para mais de 7.600 até agora, devendo crescer até setembro, adiantou à Lusa o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
“A taxa de crescimento é ainda provisória, só no final de setembro teremos os resultados finais, mas olhando para a mesma data do ano passado, a taxa de crescimento é de 26% face ao ano precedente, e esperamos um acréscimo muito significativo de estudantes dos países de expressão portuguesa”, disse João Sobrinho Teixeira em declarações à Lusa.
Estas candidaturas, explicou, são as que “foram admitidas pelas instituições de educação portuguesas, e têm agora que passar pelo processo de atribuição de vistos e a possibilidade de se matricularem em Portugal, em vários níveis como a licenciatura ou cursos técnicos superiores especializados, nomeadamente”.
“Mas, para já, temos para cima de 7.600 alunos que se estão a candidatar, e esse número pode dobrar daqui até setembro”, referiu.
Para o governante, a tendência de crescimento é também seguida pelos estudantes internacionais, que olham para Portugal como um destino atrativo para estudarem.
“Relativamente aos estudantes internacionais, tivemos um retorno muito grande da procura, que se voltou a acentuar; Portugal tinha tido nos últimos anos um crescimento excecional do número de estudantes, em 2019 cresceu 24%, no ano anterior tinha sido de 28%, e durante a pandemia, em 2020, houve uma regressão de 4%”, disse João Sobrinho Teixeira.
O processo de candidatura termina na sexta-feira, e o governante deixou um apelo aos estudantes internacionais, nomeadamente os filhos de pais portugueses emigrados, para se candidatarem ou nos seus países, ou em Portugal, mesmo que não pretendam ficar a viver no país depois dos estudos.
“Se tantos estudantes sem ligação afetiva a Portugal em termos de língua ou de ascendentes de língua portuguesa procuram Portugal, é também um desafio para os emigrantes lusodescendentes procurarem Portugal, o grande repto que quero deixar é que qualifiquem os vossos filhos, não caiam na armadilha de não deixarem os filhos qualificados por terem uma miragem de terem uma remuneração semelhante, porque quem não for qualificado vai ser arredado na capacidade de exercer a cidadania dentro de uma sociedade”, concluiu.
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