Preços das telecomunicações aumentam 1,9% até julho
Análise da Anacom ao mercado conclui que os preços das telecomunicações encareceram em 1,9% entre janeiro e julho. Regulador atribui a subida ao aumento das mensalidades dos pacotes.
Os preços das telecomunicações em Portugal acumulam uma subida de 1,9% entre janeiro e julho, segundo a Anacom, que atribui este aumento ao crescimento das mensalidades dos pacotes.
O regulador das comunicações diz ainda que, entre o fim de 2009 e julho de 2021, os preços das telecomunicações aumentaram 8,4% em Portugal. Já em França caíram 22,1%, em Itália 17,1% em Itália e em Espanha cederam também, neste caso 8,7%. Na média da União Europeia (UE), tiveram uma descida nesse período de 9,7%.
Apenas em julho, os preços das telecomunicações, medidos através do sub-índice do Índice de Preços do Consumidor (IPC), aumentaram 0,3% face ao mês anterior devido a alterações de algumas ofertas em pacote. Já face ao mês homólogo, os preços aumentaram 1,3%.
Já taxa de variação média dos preços das telecomunicações em Portugal foi, em julho, inferior à verificada na UE em 0,5 pontos percentuais. O país com maior aumento de preços foi a Polónia (5,8%) e o país com maior diminuição foi a Dinamarca (-3,6%).
Segundo a Anacom, a entrada em vigor, em 15 de maio de 2019, das novas regras europeias que regulam os preços das comunicações leva a que, desde junho de 2019, a variação de preços das telecomunicações em Portugal seja inferior à verificada na média da UE. Também para isso contribuiu, segundo o regulador, a redução da mensalidade de algumas ofertas de banda larga móvel pós-pagas através de PC/Tablet e de algumas ofertas em pacote. Contudo, diz o regulador, que as regras não permitiram “eliminar a divergência existente”.
Segundo a Anacom, o seu relatório “Evolução dos Preços das Telecomunicações”, divulgado esta quarta-feira, indica que em julho as mensalidades mínimas são oferecidas pela Nowo em sete casos de um total de 13 serviços/ofertas, enquanto a Meo apresentou as mensalidades mais baixas para quatro tipo de serviços/fertas, a Vodafone para dois e a Nos para um tipo de serviços/ofertas.
Em termos homólogos, em julho, houve 31 aumentos de preços e três diminuições. A Anacom atribui no relatório a subida de mensalidades mínima ao fim de alguns serviços de operadoras ou de ofertas.
Por exemplo, a mensalidade mínima do Serviço Telefónico Móvel com internet aumentou 4,3% devido à eliminação da oferta da Nowo com uma mensalidade de cinco euros. Já a mensalidade mínima da oferta 5P (quintuple play) aumentou 4,3% devido à eliminação da oferta da primeira mensalidade do serviço base da Vodafone, a mensalidade mínima de TVS aumentou 30,8% após o fim da comercialização de uma oferta por parte da Nos, a mensalidade mínima da Banda Larga Móvel, através de PC/Tablet, aumentou 4,3% com a eliminação da oferta da primeira mensalidade do serviço base da Meo.
A Anacom diz ainda que, em maio de 2021, a britânica Lycamobile lançou uma oferta de serviços móveis, que “fica aquém dos valores praticados por este mesmo prestador em outros mercados, mas é bastante atrativa face às ofertas dos principais prestadores em Portugal”, já que “para plafonds de dados móveis a partir de 10 GB, a mensalidade desta oferta da Lycamobile é substancialmente mais baixa”. Por outro lado, diz a Anacom, “para níveis semelhantes de mensalidade, o tráfego oferecido pelos restantes prestadores é significativamente mais baixo”.
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