Têxtil e vestuário português na “linha da frente” da Première Vision em Paris
Entusiasmadas pela recuperação gradual dos indicadores do consumo de moda a nível mundial, mais de meia centena de empresas portuguesas de têxtil e vestuário vão marcar presença na Première Vision.
Depois de marcarem presença na Munich Fabric Start, 56 empresas portuguesas de têxtil e vestuário rumam à incontornável capital da moda, Paris, para participarem na Première Vision, que decorre de 21 a 23 de setembro. Na feira de fios, tecidos, couro, design têxtil, acessórios e confeção vão estar mais de 900 expositores de 40 países. Portugal ocupa o quarto lugar entre os principais países expositores e quer estar “na linha da frente”.
Nesta que é considerada a mais importante feira de tecidos, acessórios e confeção da Europa, as empresas portuguesas de têxtil e vestuário vão dar a conhecer ao mundo a coleção outono-inverno 2022/2023. “Portugal tem de estar na linha da frente e vai estar presente em todas as feiras internacionais que são importantes para o setor do vestuário. Portugal tem de fazer parte da liderança europeia no mundo da moda e, para isso, temos que estar presentes nos eventos de maior visibilidade para a nossa indústria”, destaca o presidente da Associação Nacional das Industrias de Vestuário e Confeção (Anivec), César Araújo.
Apesar de 18 meses fortemente condicionados pela pandemia, a presença física em feiras internacionais continua a ser umas das principais formas de estabelecer contactos comerciais e negócios. Para o presidente da Anivec, os “clientes que visitam esta montra em Paris são pessoas que estão realmente interessadas em soluções e produtos inovadores que foram criados durante o ano de 2020 e 2021″, e que não foram apresentados, tendo em conta a inexistência de eventos físicos.
Além da comitiva portuguesa, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, e o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, planeiam visitar a Première Vision, que foi criada em 1973 e conta com mais de 100 edições. João Neves, que acompanhou a comitiva nacional na Munich Fabric Start, destacou que este tipo de feiras tem uma “grande importância para o desenvolvimento das exportações” e que é necessário “reforçar a presença internacional” do têxtil nacional.
A Première Vision está no centro das inovações da indústria da moda. Entre as evoluções mais marcantes e crescentes dos últimos anos estão o desenvolvimento de uma oferta cada vez focada na sustentabilidade. Face à aposta neste campo, as empresas vão ter um espaço específico onde serão apresentadas as coleções mais sonantes dedicadas à economia circular e à aposta em materiais mais amigos do ambiente.
França é dos principais destinos para exportação
A feira realiza-se na capital francesa. Ora, o mercado francês ocupa o segundo lugar entre os principais destinos das exportações nacionais de vestuário, tendo representado uma quota de 15,4% em 2020. De acordo com os dados preliminares do INE, no primeiro trimestre de 2021, Portugal já exportou 239,2 milhões de euros de produtos de vestuário para França, um crescimento de 25,2% em relação ao período homólogo de 2020 e um aumento de 11,3% quando comparado com igual período de 2019, antes da crise mundial provocada pela pandemia.
O regresso aos mercados externos e ao contacto com os clientes parece ser a realidade dos próximos meses. Depois de Munique e Paris, as empresas lusas de têxtil e vestuário vão marcar presença, ainda este ano, em feiras em Londres e Dubai.
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