Catarina Martins avisa Moedas: “O BE não faz coligações à direita”

Catarina Martins lamenta que não tenha sido possível aumentar a representação do BE nas autárquicas e avisa Carlos Moedas que "o Bloco de Esquerda não faz coligações à direita".

Depois de ter falhado o objetivo de aumentar a sua representação autárquica, Catarina Martins admite que o Bloco de Esquerda (BE) teve “um mau resultado” e avisa Carlos Moedas que o partido “não faz coligações à direita”.

“O Bloco de Esquerda nestas autárquicas teve um mau resultado. Não aumentámos o número de votos ou eleitos e conseguimos manter quatro em cada cinco votos”, começou por referir a coordenadora do BE, em declarações transmitidas pela RTP3, a partir da sede do partido.

Assim, apesar de “assumir e lamentar” estes resultados, a líder bloquista salientou “alguns resultados” que o partido considera “como positivos”. É o caso da eleição de Beatriz Dias Gomes, como vereadora de Lisboa, Joana Mortágua, em Almada, de Carla Castelo, em Oeiras, bem como de Sérgio Aires, para vereador do Porto. “É a primeira vez que o BE elege um vereador no Porto e a sua eleição determinou também a perda da maioria absoluta de Rui Moreira”, destacou.

Nesse sentido, a líder bloquista revelou que o partido vai reunir a mesa nacional no próximo sábado para analisar estes resultados, mas deixou um recado a Carlos Moedas: “O Bloco de Esquerda não faz coligações com a direita”, dado que não vê “nenhuma proximidade entre o programa do Bloco de Esquerda e o programa da direita”.

Não obstante, Catarina Martins sublinha que o partido estará “na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal, nas assembleias de freguesia em cumprimento do mandato por políticas de habitação, transporte, ambiente e igualdade”.

Questionada sobre eventuais consequências a tirar destes resultados, a coordenadora do BE aponta que “há resultados muito diferentes entre legislativas e autárquicas” e reforça que a discussão do Orçamento do Estado que se segue terá que incluir questões laborais, reforço do Serviço Nacional de Saúde, bem como outras questões relacionadas com a Segurança Social. Nesse sentido, diz que a disponibilidade do BE para negociar “mantém-se na íntegra”, tal como o “caderno de encargos”.

Além disso, o BE criticou ainda a “instrumentalização de fundos e políticas públicas” por parte dos socialistas durante a campanha das autárquicas, ainda que esta “tenha tido resultados opostos ao que o Partido Socialista esperava”.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h36)

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