Jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov vencem Nobel da Paz pela defesa da liberdade de expressão
A luta pela liberdade de expressão democracia, liberdade de imprensa e luta contra as notícias falsas justificam a atribuição do prémio a estes jornalistas.
O Prémio Nobel da Paz foi atribuído este ano à liberdade de expressão e, em específico à dupla de jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov, anunciou esta sexta-feira o Comité Nobel norueguês.
“Os esforços de salvaguarda da liberdade de expressão, uma pré-condição para a democracia e paz duradoura”, estiveram subjacentes à decisão de atribuir o galardão a estes jornalistas filipina e russo. Este ano na corrida estavam 329 candidatos, dos quais 234 pessoas individuais e 95 organizações.
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“O jornalismo livre, independente e baseado em factos ajuda a proteger contra abusos de poder, mentiras e propaganda de guerra. Sem liberdade de expressão e imprensa livre será difícil promover com sucesso a fraternidade entre as nações, o desarmamento e uma ordem mundial que nos permita vingar no tempo presente”, sublinhou Berit Reiss-Andersen, ao anunciar o prémio. Em causa estão dez milhões de coroas suecas (quase um milhão de euros), para além de um diploma e uma medalha.
Maria Ressa tem sido alvo de ataques pela cobertura que os seus órgãos de comunicação social têm feito à Administração do Presidente Rodrigo Duterte e pelo papel de liderança assumido na luta contra a desinformação. Esta é a primeira vez que um cidadão filipino ganha um Nobel da Paz.
Já no caso de Muratov o prémio visa reconhecer as décadas de trabalho a defender a “liberdade de expressão na Rússia em condições cada vez mais desafiantes”, sublinhou Berit Reiss-Andersen. Muratov é um dos fundadores do jornal independente Novaya Gazeta, em 1993, e, de acordo com o Comité este é, “presentemente, o jornal mais independente na Rússia, com uma atitude crítica em relação ao poder”.
Tanto Ressa como Rappler são distinguidos pelo facto de terem “documentado como as redes sociais estão a ser utilizadas para espalhar notícias falsas, molestar opositores e manipular o discurso público, diz o Comité.
O Prémio Nobel da Paz vai ser entregue no dia da morte de Alfred Nobel, a 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega.
(Notícia atualizada com mais informação)
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