Marcelo fez “diligências complementares” para salvar Orçamento

O Presidente da República sente que fez “o que tinha a fazer” para a aprovação do Orçamento do Estado, dizendo que ainda hoje fez “diligências complementares para ver se era possível um entendimento".

Marcelo Rebelo de Sousa insistiu esta terça-feira que “aquilo que é bom para o país é um acordo” em torno do Orçamento do Estado para 2022, aproveitando para rechaçar as críticas de que tem sido alvo pelo envolvimento nesta matéria e por ter, logo numa fase inicial, traçado inclusive o cenário de eleições antecipadas.

“Nada como ficar claro qual a alternativa a esse acordo, não fosse haver a ideia de que haver ou não acordo, haver ou não Orçamento, seria o mesmo. Expliquei, por uma questão de clareza, o que isso significava”, referiu o Presidente da República.

Em declarações aos jornalistas, transmitidas ao início da noite pela TVI24, o chefe de Estado adiantou ainda que até ao início do debate parlamentar na generalidade, que arrancou esta tarde, fez “diligências complementares para ver se era possível chegar a um entendimento”.

Questionado sobre se esses contactos envolveram os deputados do PSD Madeira, como noticiou a Renascença, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que “não [especifica] as diligências” que faz. “Achei que devia fazê-lo dentro do que era possível, num determinado contexto. Foram vários os que intervieram ao longo deste processo. Agora a palavra é da Assembleia da República” (AR), acrescentou.

E não se sente também responsável por esta situação de impasse? “Não se ganha nada em estar a apurar a responsabilidade naquilo que é o funcionamento normal das instituições democráticas. A AR é quem vai decidir. E é tão legítimo decidir num sentido ou noutro. As consequências políticas é que são diferentes. O Presidente da República tem de respeitar o funcionamento das instituições”, contestou.

Jurando que “cenarizar [sic] não é a função do Presidente da República”, Marcelo sente que fez “o que tinha a fazer” para evitar uma crise política. Embora a sua confiança num volte face vá “até ao último segundo antes da votação” no Parlamento, agendada para esta quarta-feira, lembrou que “os portugueses já sabem qual a posição” do chefe de Estado: se o Orçamento chumbar, avança a dissolução parlamentar.

Entretanto, no site da Presidência da República, foi publicada uma nota que dá conta que Marcelo Rebelo de Sousa recebeu, esta terça-feira, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a pedido deste, bem como o eurodeputado Paulo Rangel (que também é candidato à liderança do PSD), igualmente a pedido deste.

(Notícia em atualizada às 20h38)

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