Dormidas de estrangeiros superam as dos portugueses pela primeira vez desde o início da pandemia
Em setembro, as dormidas de turistas estrangeiros superaram as dos portugueses pela primeira vez desde que a pandemia começou. Britânicos representaram 19%.
Os alojamentos turísticos nacionais registaram 3,03 milhões de dormidas de hóspedes estrangeiros em setembro, acima das 2,06 milhões de dormidas dos turistas nacionais. Esta foi a primeira vez, desde o início da pandemia, que os turistas internacionais superaram os residentes, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Em setembro, 19,5% dos estabelecimentos estiveram encerrados ou sem hóspedes.
Em setembro, os alojamentos turísticos nacionais receberam 2,06 milhões de hóspedes, num total de 5,6 milhões de dormidas. Estes números representam crescimentos de 52,3% e 52,4%, respetivamente. Do total de hóspedes, 1,09 milhões foram turistas nacionais e 968 mil vieram do estrangeiro. Contudo, em termos de dormidas, o cenário é diferente.
Dos 5,6 milhões de dormidas, 2,57 milhões foram de turistas nacionais enquanto 3,03 milhões foram de turistas estrangeiros. Foi a primeira vez desde que a pandemia começou que a estadia dos estrangeiros superou a dos portugueses. “As dormidas de não residentes duplicaram face a setembro de 2020 (+100,7%), mas foram cerca de metade das registadas em setembro de 2019 (-43,9%)”, diz o INE.
Numa análise mais fina, em setembro, o mercado britânico representou 19,1% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados alemão (13,2%), espanhol (12,4%) e francês (10,5%). O INE destaca, contudo, o crescimento entre janeiro e setembro dos mercados polaco (+160,7%), irlandês (+111,7%) e belga (+60,7%), enquanto as maiores quebras aconteceram nos mercados chinês (-74,6%), canadiano (-73,6%) e brasileiro (-57,7%).
No que toca a localizações, o Algarve concentrou 33,5% das dormidas em setembro, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (19%), o Norte (15%) e a Madeira (12,4%). O INE destaca que, entre janeiro e setembro, todas as regiões apresentaram crescimentos no número de dormidas, com realce para a evolução apresentada pelos Açores (+106,3%) e pela Madeira (+45,8%).
A hotelaria continuou a ser o alojamento mais procurado, concentrando 4,6 milhões de dormidas, enquanto a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou 4% para 2,72 noites. Os portugueses pernoitaram, em média, 2,35 noites, enquanto os estrangeiros 3,13 noites.
(Notícia atualizada às 11h44 com mais informação)
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