Hotelaria estima precisar de 15 mil trabalhadores
Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estima que setor está com falta de 15 mil trabalhadores, a maioria para colmatar necessidades na receção, mesa e cozinha e andares.
A falta de mão-de-obra na hotelaria não é novidade e o setor estima que serão precisos 15 mil trabalhadores para colmatar as necessidades. O inquérito feito pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a cerca de 60% dos associados, aponta para a falta de 7.200 trabalhadores, mas a associação estima que todo o setor precise de cerca de 15 mil funcionários.
O inquérito mais recente da associação, relativo ao período entre 21 de setembro e 30 de outubro, indica que são necessários 7.200 trabalhadores na hotelaria. Contudo, este número diz respeito a cerca de 400 hotéis dos associados da AHP, num universo de cerca de 800, levando o presidente Raul Martins a estimar que a totalidade do setor — cerca de 1.200 hotéis — precise de cerca de 15 mil pessoas para responder às necessidades.
Os números foram revelados à imprensa esta quarta-feira, durante uma conferência de imprensa no âmbito do 32.º Congresso da Hotelaria e Turismo, que decorre entre esta quarta e sexta-feira em Albufeira.
A maioria dos hotéis inquiridos aponta que a receção, mesa e cozinha e andares são as áreas mais carenciadas, embora a “distribuição do território” não seja igual. Por exemplo, a região de Lisboa aponta “carências fortíssimas” nos departamentos administrativos, recursos humanos e manutenção, enquanto o Norte tem falta de trabalhadores nos SPA, apontou Cristina Siza Vieira, CEO da associação.
Sobre a falta de pessoal no setor, Raul Martins referiu, em entrevista ao Público, que uma solução para colmatar esse problema seria a criação de “fluxos de importação” com países específicos, como Cabo Verde e as Filipinas, estando a associação em contacto com o Ministério do Trabalho para avançar com a implementação dessa medida.
O presidente da AHP notou que, no que toca às condições de trabalho, os “hotéis não estão impedidos de fazer contratação em part-time”, o que poderia ser outra solução para o setor, afirmando mesmo acreditar que esse tipo de contratos “vai estar na ordem do dia” no futuro.
Na mesma conferência, Raul Martins falou ainda do novo aeroporto de Lisboa, sublinhando a necessidade de haver uma decisão quanto à localização desta infraestrutura para que se consigam cumprir as metas estabelecidas pelo Governo no Plano Reativar o Turismo. O responsável disse acreditar que seja possível ter um novo aeroporto já em 2025, mesmo com o Executivo a apontar para 2023 a entrega da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).
(Notícia atualizada às 22h10 com mais informação)
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