Regulador europeu aprova vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos

O regulador europeu recomendou a administração da vacina da Pfizer para crianças entre os 5 e os 11 anos. A dose a administrar a estas crianças será menor que a recebida pelos adultos.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) deu parecer positivo à administração da vacina da Pfizer em crianças com idades entre os 5 e 11 anos. Esta vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana já tinha sido aprovada para ser administrada em adultos e crianças a partir dos 12 anos.

“O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da EMA recomendou a concessão de uma extensão da autorização da vacina contra a Covid da Comirnaty [nome comercial da vacina da Pfizer/BioNTech] para que seja também administrada em crianças entre os 5 e os 11 anos“, aponta o comunicado do regulador europeu.

A vacina desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech já tinha recebido “luz verde” da EMA para ser administrada em adultos e em crianças com idade igual ou superior a 12 anos. Contudo, o regulador sinaliza que a dose a administrar às crianças entre os 5 e os 11 anos será menor do que para os adultos e maiores de 12 anos. As crianças destas faixas etárias vão receber dez microgramas deste fármaco, ao passo que as pessoas com mais de 12 anos recebem 30 microgramas.

Quanto ao método de administração, o regulador recomenda que as crianças entre os 5 e os 11 anos recebam as duas doses da vacina, com um intervalo de três semanas, tal como acontece com os adultos.

Para tomar esta decisão, a EMA baseou-se num estudo, que evolveu 2.000 crianças que ainda não tinham sido infetadas e que revelou que a resposta imunológica das crianças entre os 5 e os 11 anos que recebem esta dose reduzida da Pfizer foi “idêntica” à observada em adultos dos 16 aos 25 anos que receberam a dose mais elevada (30 microgramas). “Neste estudo, a vacina foi 90,7% eficaz a prevenir a infeção sintomática por Covid-19, embora a taxa real se situe entre os 67,7% e 98,3%”, sublinha o comunicado.

O regulador europeu refere ainda que os efeitos secundários de administração desta vacina em crianças entre os 5 e os 11 anos “são semelhantes aos das pessoas com idade igual ou superior a 12 anos” e incluem, dor no local da injeção, cansaço, dor de cabeça, vermelhidão e dores musculares e calafrios. Nesse contexto, a EMA diz que os benefícios da administração desta vacina superam os riscos.

Na última reunião do Infarmed, Henrique Barros, presidente e investigador do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, defendeu que a vacinação das crianças “é uma prioridade”, dado que é atualmente este grupo etário que concentra o maior número de casos de infeção por Covid-19. Face a este alerta, a DGS revelou à RTP e ao Jornal Público, que pediu um parecer técnico ao grupo de trabalho de pediatras que se pronunciou sobre a vacinação dos adolescentes no verão passado sobre esta matéria.

E diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou quinta-feira que ficaria “muito satisfeita” se puder recomendar a vacinação contra a Covid-19 a partir dos cinco anos, mas reafirmou que é preciso esperar pelo parecer do regulador europeu. “Sou fortemente a favor da vacinação”, começou por dizer Graça Freitas em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, acrescentando que para assumir essa posição quanto à vacinação de crianças contra a Covid-19 é preciso avaliar muito bem os riscos e benefícios.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h25)

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