Nova variante assusta Wall Street. Índices caem mais de 1%

Descoberta de nova variante do vírus está a abalar os mercados, com receios de que possa haver um novo "abanão" na economia mundial. Numa sessão mais curta do que o habitual, índices caem acima de 1%.

As bolsas mundiais estão a desvalorizar na última sessão da semana e Wall Street não é exceção. Depois da notícia de que a nova variante de coronavírus descoberta na África do Sul já chegou à Europa, estão a ser feitos estudos para perceber se esta é resistente às vacinas. E enquanto as autoridades apelam à calma, o medo instala-se nos mercados de capitais, com receios de um novo “abanão” na economia.

Num dia em que a sessão será mais curta, por causa do feriado do Dia de Ação de Graças, e em que a liquidez é tipicamente mais reduzida, o S&P 500 segue a cair 1,19%, para 4.645,68 pontos, acompanhado pelo tecnológico Nasdaq, que desvaloriza 0,79% para 15.720,1 pontos. Pelo mesmo caminho segue o industrial Dow Jones, ao perder 1,93% para 35.112,18 pontos. Os mercados norte-americanos encerram às 18h00, hora de Lisboa.

A 11 de novembro, foi descoberta uma nova variante na África do Sul, com mais de três dezenas de mutações na proteína “spike”, que influencia a transmissibilidade do vírus e a reação às vacinas. Esta sexta-feira, soube-se que a B.1.1.529 já chegou à Europa, mais concretamente à Bélgica.

Estas quedas em Wall Street acontecem, assim, depois de vários cientistas mostrarem receios de que, devido ao elevado número de mutações, a resistência às vacinas que já foram desenvolvidas possa ter aumentado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já afirmou que são necessários mais estudos para tirar conclusões, tendo o laboratório alemão BioNTech, aliado à Pfizer, já avançado com os primeiros estudos.

O Reino Unido suspendeu temporariamente voos de seis países africanos devido à nova variante e Israel proibiu viagens a várias nações após ter registado um caso num viajante. Dois casos já foram identificados em Hong Kong e a Bélgica também confirmou uma pessoa infetada no país.

“Quando lemos que há um [caso] na Bélgica e outro no Botswana, vamos acordar na próxima semana e encontrar um neste país [Estados Unidos]. Por isso não vou recomendar a ninguém que compre nada [ações, obrigações, etc.] hoje, até termos a certeza de que isso não vai acontecer”, diz Jim Cramer, especialistas de investimentos da CNBC.

(Notícia atualizada às 15h03 com mais informação)

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